segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Transtorno do Pânico

O Transtorno do Pânico (TP) pode ser considerado um dos problemas mais freqüentes na área dos transtornos de ansiedade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as pessoas que têm o transtorno do pânico, em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 à 40 anos), que encontram-se no auge de sua vida profissional. Quem sofre deste mal costuma apresentar um histórico de vida em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas a nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, auto-expectativas extremamente altas, tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras. Esta forma de ser, acaba por predispor essas pessoas a situações de stress acentuado, o que pode levar ao aumento intenso de determinadas regiões do cérebro, desencadeando um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do transtorno.
Taquicardia, falta de ar, tremores, sudorese, tonteiras, vertigens, pernas bambas, náusea, formigamentos, ideações de morte por sufocamento ou ataque cardíaco, perda de controle e desmaio são alguns dos sintomas presentes nas pessoas acometidas pelo TP. A vida profissional, pessoal e afetiva destas pessoas pode ser gravemente afetada – Não conseguem mais sair na rua sozinhas e algumas vezes nem acompanhadas. Infelizmente, há um grande número de pessoas com este transtorno que, devido a falta de informação e de acesso a tratamentos adequados, buscam alívio no álcool e nas drogas.
O diagnóstico do TP possui critérios bem definidos, sendo assim, não podemos classificar o aparecimento de qualquer sintoma como sendo o transtorno. Na dúvida, procure um profissional capacitado a fazer tal diagnóstico.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Equilibre sua vida profissional com sua vida pessoal

Quem nunca chegou em casa e descontou todos os problemas da empresa em cima da família? Ou então trabalhou frustrado por ter brigado com a(o) esposa(o) e não ter resolvido a situação? Pois é, separar trabalho de vida pessoal nem sempre é uma tarefa fácil.
É devidamente comprovado que pessoas que não conseguem equilibrar essas duas “vidas” são altamente improdutivas, infelizes e quase sempre mal-humoradas. Como não conseguem manter o foco nas tarefas que estão realizando, acabam se frustrando por não conseguirem executá-las de maneira correta.
Segundo a psicóloga Fernanda Callegari Beltrame, problemas pessoais como brigas com cônjuges e filhos, questões financeiras, doenças e morte na família causam um grande desequilíbrio emocional. Da mesma forma, problemas na empresa também podem prejudicar a vida familiar. “Uma boa maneira de separar a vida profissional da pessoal seria não levar trabalho para casa. Além disso, deve-se evitar, sempre que possível, atender ligações pessoais no horário de trabalho. Fundamental é tentar separar as coisas: o que acontece em casa fica dentro de casa e vice-versa”, explica Fernanda.
Ao invés de guardar toda angústia para si, o ideal é dividir o que está acontecendo com outras pessoas. Primeiramente, comunique ao seu chefe o que está ocorrendo, pois é possível que ele esteja interpretando a desconcentração do funcionário como um desleixo com o trabalho. Se necessário, busque ajuda profissional e,se o caso for grave, afaste-se do trabalho por algum tempo até resolver seus problemas. “Não se deve esconder o que sente, isolar-se, e nem se expor em demasia. Às vezes, conversar com algum colega próximo pode ajudar a aliviar suas preocupações”, aconselha a psicóloga.

Veja abaixo algumas dicas que podem resolver ou amenizar esses problemas:

- Esqueça os problemas pessoais, pelo menos das 8h às 18h:
Ao chegar no local de trabalho, deixe seus problemas da porta para fora e só os pegue de volta na hora em que for embora. O mesmo deve acontecer com os problemas do trabalho ao chegar em casa. Sabemos que essa tarefa não é tão simples assim, por isso é necessário respeitar nossos limites e estabelecer alguns critérios para driblar as dificuldades.

- Treine sua disciplina:
Estabeleça uma rotina em seu dia na qual você possa se dedicar também à sua casa e aos seus familiares. Isso diminui a culpa por passar tanto tempo distante, e também lhe proporciona condições para se concentrar o máximo possível em suas tarefas profissionais durante o expediente.

- Evite os excessos:
Não adianta priorizar demais o trabalho se você não tiver em casa uma estrutura que lhe dê condições para isso. Caso contrário, um dia os problemas pessoais começarão a surgir e, sem que você se dê conta, afetarão sua vida profissional, podendo até levá-lo a desistir de algumas metas.

- Não valorize tanto os problemas:
Todo mundo tem problemas, seja em casa ou no trabalho. Por isso, não se deve valorizá-los demais. Ninguém na empresa tem obrigação de agüentar sua cara amarrada porque algo saiu errado em casa, e nem seus filhos merecem receber uma extrema dose de mau humor por causa dos seus problemas no trabalho. Portanto, evite se cobrar demais e tente relaxar um pouco em seus momentos de descanso.

- Estrutura afetiva é fundamental:
Para conciliar tantas cobranças por todos os lado, é importante manter-se emocionalmente forte. Uma fonte de energia é, sem dúvida, o apoio da família e de amigos para superar as dificuldades do dia a dia. Você pode levar seus problemas para casa, sim, mas na busca de ajuda e de aconselhamento, e não de descontar sua tensão em alguém.

- Compreenda os problemas de seus funcionários:
Como líder de uma equipe, é preciso ter em mente que se está lidando com pessoas e, portanto, com emoções. É claro que isso não significa tolerar tudo, engolir os erros, principalmente os que podem prejudicar a empresa. Porém, tenha consciência de que é importante para a empresa que seus integrantes tenham estabilidade emocional suficiente para cumprir suas tarefas. Lembre-se: vida pessoal e profissional, por mais que devamos separar, completam-se.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Os limites no ‘adolescer’

A adolescência é um período de intensas transformações, sejam elas a nível psicológico, corporal ou social. É na adolescência que o poder dos pais sobre os filhos começa a diminuir e há uma predisposição dos jovens em infringir regras, pois esta fase consiste em um misto de descobertas, de experimentações e sentimentos de liberdade. A liberdade do adolescente deve estar associada à responsabilidade que este consegue exercer. O jovem precisa ver que seus atos têm conseqüências e que ele tem que responder por elas. Se o adolescente for sempre poupado ele vai perceber que seus pais são capazes de remediar os prejuízos de suas escolhas e agirá sempre de acordo com seus desejos imediatos. Para impor limites, os pais precisam lidar com a própria dificuldade em tolerar a frustração dos filhos. Muitas vezes os pais acreditam que se os filhos ficam frustrados é porque eles cometeram algum erro, mas na verdade o ato de se frustrar faz parte do desenvolvimento saudável do ser humano. O adolescente precisa ouvir o não e precisa saber que ele tem limites a respeitar. Os adultos quando dizem o não, mesmo que não consigam convencer o jovem, devem manter-se nesta posição, pois se os pais tentam impor limites e não tem firmeza para sustentá-los dificilmente conseguirão obter o respeito e serem levados a sério pelo adolescente. Para impor limites ao adolescente o melhor a ser feito é os pais ficarem por perto, se tornarem próximos do filho, procurando conhecer o mundo em que este adolescente está inserido. O castigo, muitas vezes aplicado, não deve ser visto como uma penitência ou uma vingança, mas como uma possibilidade de reparação e de consertar o erro cometido. Se por exemplo, o adolescente não vai bem na escola, não se deve punir ele o proibindo de assistir televisão, de usar o computador ou de sair. Os pais devem investigar o porquê da nota baixa, tendo um conversa franca com o adolescente e em conjunto acharem uma resolutiva para o problema.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Cinema: Uma motivação para os estudos

Para alcançar a tão sonhada aprovação em um concurso público, o candidato tem que ter muita disciplina para estudar e persistência, pois geralmente não é no primeiro concurso e nem no segundo que se passa. Muitas vezes dá aquela vontade de desistir. Nesse momento complicado, um bom filme pode ajudar a superar os obstáculos.
Foi pensando em unir a sétima arte com a motivação para estudar que especialistas e concursos elaboraram uma lista de filmes para inspirar os candidatos a se manter com foco nos estudos até conseguir a vaga.
Segundo a psicóloga Fernanda Callegari Beltrame, assistir a determinados filmes pode servir tanto como lazer quanto para motivação. “Às vezes o estudante está cansado e, ao ver o filme, ele se depara com histórias de quem batalhou muito por um sonho e conseguiu, ou de alguém que lutou e superou um obstáculo. Assim, o concurseiro acaba se identificando com a história e se motivando, pois, se o personagem conseguiu ter êxito, ele também pode fazê-lo, e isso deixa o desânimo de lado”, explica Fernanda.
Para chegar aos 14 títulos os especialistas analisaram vários aspectos, já que cada filme tem uma contribuição e diferentes mensagens como: histórias de fé, superação, planejamento, organização, disciplina, resistência, brigar pelos sonhos, entre outros.
Para Fernanda, um dos filmes que merecem destaque nesse sentido é o vencedor do Oscar em 2009 “Quem quer ser um milionário”, que passa ao concursando a mensagem de que apenas estudar não basta, tem que se ter o momento de lazer, o momento de descanso, o momento de dormir e estar antenado ao que acontece no mundo. “muitas vezes não se acerta uma questão porque se estudou a matéria certa, mas se acerta pela experiência de vida adquirida”, afirma.
A jornalista Rosana Oliveira já assistiu a maioria dos filmes que constam na lista. Para ela, “A procura da felicidade” é um exemplo de que somente com persistência se consegue o sucesso. O fato de ser baseado em fatos reais torna a história mais emocionante. “Isso deve ser a inspiração para todo mundo que tem um sonho, que quer algo de verdade. Não se pode ficar parado, tem que correr atrás dos objetivos” afirma Rosana, que recentemente passou em uma seleção para trabalhar em uma empresa de transportes aéreos.
A advogada e professora de um curso preparatório local, Taís Cristina Flores, conta que existem sessões estratégicas no curso onde leciona. “Algumas vezes assistimos o filme certo, no momento certo. A mensagem do filme parece ter sido feita especialmente para aquela situação que estamos vivendo. A idéia de superação, de persistência, acaba sendo aquele empurrãozinho de que a gente precisa, e o filme passa a complementar a preparação que é feita em sala de aula”, conta Taís.
A concurseira Sabrina Tessaro encara alguns filmes da lista como uma fonte de motivação para o candidato de concursos públicos, pois segundo ela, existe identificação dos estudantes com os personagens. “Identificamo-nos com determinadas situações vividas pelos personagens dos filmes e reportamos tais situações ficcionais para nossa própria experiência pessoal, extraindo as mesmas lições que auxiliam na organização e no planejamento das estratégias de estudo”, explica.
Sabrina, que é graduada em letras, professora de inglês e concurseira, também destaca a importância do cinema como forma de entretenimento. “Serve tanto para aliviar as tensões geradas pela cobrança de um resultado exitoso nos concursos, quanto para absorver as mensagens de estímulo e conseguirmos dar continuidade a nossa caminhada rumo à aprovação”.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ser terapeuta...

“Ser terapeuta pode significar muitas coisas. Todas elas, de alguma forma, expressam a idéia de gerar alguma mudança, algum movimento, no sentido de melhorar pessoas em sofrimento. Muitas teorias buscam compreender a questão da mudança, o que é fundamental acontecer para que haja movimento, para que a terapia aconteça. O terapeuta tem de dizer ou fazer algo que contenha uma diferença. Trata-se de uma diferença sutil, de um toque criativo que acrescente esperança e conduza à mudança. Nisto se diferenciam os terapeutas, entre os verdadeiramente talentosos, que acrescentam algo realmente novo e os que repetem fórmulas, burocraticamente. Não importa tanto a teoria que utilizam como referência para suas intervenções. Cada vez mais, em nosso tempo, os terapeutas são informados por uma mescla de diversas teorias, variados enfoques, que cada qual organiza a seu modo, de acordo com sua personalidade, seu jeito de ser terapeuta. Em suma, a criatividade, a generosidade e o amor são inerentes à função do terapeuta.”
Frente a este trecho escrito por Luiz Carlos Prado, proponho uma reflexão, a nós psicólogos, acerca da nossa profissão. Ninguém procura um psicólogo para dizer que está muito bem, que está feliz. As pessoas nos procuram por necessidade, quando estão com algum problema, quando algo em suas vidas não anda bem, quando estão em sofrimento psíquico. Constantemente somos depositários de segredos, angústias, medos, sonhos, desejos... Então... Que tipo de terapeutas estamos sendo? Que diferença estamos fazendo na vida de nossos clientes? Com que grau de seriedade, ética e comprometimento estamos encarando nosso trabalho? Será que estamos preparados para atender determinado caso ou seria melhor encaminharmos a algum colega? Será que estamos cobrando um preço justo e não estamos prostituindo e denegrindo a imagem da nossa profissão? E nós, será que estamos cuidando da nossa saúde mental para que possamos cuidar da saúde mental do outro?
Que neste dia 27 de agosto possamos parar e refletir sobre o nosso “ser terapeuta”, independente da linha que escolhemos seguir, independente da nossa área de atuação, a fim de percebermos nossos erros e acertos. Que a mudança comece por nós.
Parabéns aos colegas que “vestem a camiseta” e encaram esta profissão com ética, respeito e comprometimento.

Fernanda Callegari Beltrame – Psicóloga - CRP 07/16661

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A importância de dizer “Não”

Pai, compra? Me leva, me dá? Mãe, deixa? As crianças pedem, exigem e batem o pé. Querem tudo e querem agora.Como estabelecer limites é o grande desafio dos pais de hoje. Na difícil tarefa de educar os filhos, a impressão que temos é de que os pais estão sempre numa corda bamba, caminhando de olhos vendados, divididos entre ceder ao sim e ser atormentado pelas preocupações ou escolher o não e se achar autoritário e carregar um sentimento de culpa.
É comum encontrarmos pais que, tendo na infância sofrido privações, acreditam que têm que dar tudo o que a criança pede, ou fazer tudo o que ela quer. O resultado é que a criança acaba confundindo o “não” com a falta de afeto e pode se tornar um adulto sem limite. Na cabeça da criança, se os pais não dão a ela o brinquedo que ela quer na hora que ela quer é porque eles não gostam dela. A tarefa dos adultos é justamente ensinar que as coisas não são bem assim.
Limites no pensamento de uma criança não são nada agradáveis, mas são imprescindíveis para a formação de indivíduos autônomos, responsáveis e maduros. Muitas crianças demonstram dificuldade em entender o que é certo e o que é errado, pois os próprios pais não delimitam claramente seus valores ou, pior; infringem as próprias regras. O dizer o não acaba por frustrar a criança, porém a frustração é um exercício de amadurecimento.
É claro que negar algo pode não ser suficiente para colocar fim a um pedido ou capricho. As crianças vão insistir muito, perguntar mil vezes “por quê?”, usar todo tipo de argumento e fazer de tudo para ultrapassar o limite imposto pelos pais. Nesse caso, é preciso firmeza. Os pais devem explicar de forma simples e sucinta o motivo de estarem dizendo “não” porém, não devem se prolongar demais. Há pais que dão tantas explicações para estabelecer limites que acabam cedendo ao jogo dos filhos. As crianças são espertas e muitas vezes dizem não compreender os limites para se livrar deles. Isso é natural, pois as crianças sempre tentam ir mais longe, medem forças, desafiam os pais, procurando aumentar sua liberdade e seu poder.
Uma vez dado o limite, é preciso que ele seja respeitado. A criança precisa enfrentar as conseqüências de suas ações. Se por exemplo, assistiu à televisão depois do horário estabelecido, deverá aceitar que no dia seguinte terá de abrir mão de seu programa favorito; se quebrou algo, terá de ficar sem esse objeto por um tempo; se rejeita a comida, mas não quer ficar sem a sobremesa, terá que entender que a escolha é entre a refeição principal mais a sobremesa ou nada. Isso se chama responsabilidade. Não se trata de castigar ou premiar, mas de fazer com que as crianças compreendam aos poucos que cada ação tem uma conseqüência, boa ou ruim.
E não se pode nunca esquecer que a educação pede equilíbrio e bom senso. Quando se exagera em proibições desnecessárias, o risco é o de formar uma pessoa cheia de medos, com pouca espontaneidade ou criatividade, ou, no extremo oposto, um rebelde com dificuldades de se inserir na sociedade. Por isso, a criança precisa aprender que embora haja um “não”, muitos “sins” podem ser dados. O segredo, portanto, reside em construir uma relação de confiança. Desse modo, mesmo que os filhos não entendam ou não aceitem plenamente o “não”, poderão reconhecer os limites com mais facilidade e se sentir protegidos pela certeza de que os pais se preocupam com seu bem-estar.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Síndrome da Alienação Parental

Atualmente bastante comentada, a Síndrome da Alienação Parental é um processo que consiste em “programar” uma criança para que ela odeie um de seus genitores sem justificativa alguma e, geralmente é praticada por quem possui a guarda do filho. Para isto, a pessoa lança mão de artifícios tais como dificultar o contato da criança com o (a) ex-parceiro (a), falar mal deste (a) e fazer uso de mentiras. Crianças de até seis anos, em função do seu desenvolvimento, estão mais suscetíveis a uma modalidade de alienação, a qual chamamos de implantação de falsas memórias. É quando o pai ou a mãe a manipula a ponto de ela acreditar que vivenciou algo que nunca ocorreu de fato. A criança sabe que o outro genitor gosta dela, porém o possuidor da guarda altera esta percepção. Muitas vezes este (a) não passa a ligação telefônica para a criança; a ameaça de punição se ela telefonar, escrever ou se comunicar com o outro genitor; organiza várias atividades com a criança durante o período de visitas do ex-cônjuge, entre outros. A criança, por sua vez pode mostrar uma reação de medo em desagradar o genitor alienador. Se ela desobedece a esta “imposição”, especialmente expressando aprovação pelo genitor ausente, o genitor alienador logo a ameaça dizendo que vai abandoná-la ou vai mandá-la viver com o outro genitor. A criança se coloca numa situação de dependência e fica submetida a agradar sempre o detentor da guarda. As conseqüências sofridas pelas crianças vítimas da Síndrome de Alienação Parental podem variar desde uma depressão crônica, incapacidade de adaptação no ambiente psicossocial, transtornos de identidade e de imagem, sentimentos de isolamento, comportamento hostil, falta de organização, até o suicídio. Além disso, a criança cresce em uma bolha de mentiras, o que pode provocar desvios de caráter e conduta.

O uso de Ritalina sem prescrição médica

A ritalina é indicada para o tratamento de pacientes que tenham o TDAH. O que acontece hoje em dia é que está havendo um uso desenfreado dessa substância por pessoas que não possuem o TDAH, principalmente por jovens. Estes jovens tomam a ritalina com o objetivo de ficarem mais “ligados”, para aumentar a concentração durante os estudos e, consequentemente, aumentar o desempenho na faculdade e em concursos públicos. Executivos também vêm abusando da ritalina com o objetivo de melhorar seu desempenho no trabalho. Por exemplo, um executivo que toma ritalina consegue trabalhar em média, umas 10 horas seguidas sem um grau de cansaço elevado. Além disso, muitas pessoas, principalmente mulheres, que desejam emagrecer usam a ritalina indevidamente por causa do seu possível efeito colateral de provocar perda de apetite que poderia ocasionar o emagrecimento. Existe também os adolescentes e adultos que tomam o medicamento para ir a uma festa, já que o medicamento quando usado com o álcool ele tem seus efeitos potencializados.
Todas as pessoas que usam a ritalina indevidamente, sem orientação médica, estão colocando a sua saúde em risco. A Ritalina pode viciar como qualquer outra droga e é uma medicação extremamente forte que pode provocar até alucinações. Pode causar dependência psíquica, problemas cardíacos, renais e hepáticos. Variações bruscas de humor, elevada ansiedade e distúrbios do sono também podem aparecer com o uso indevido da substância por quem não possui o déficit.
É fundamental salientar que estes efeitos se dão em pessoas que não possuem o TDAH e fazem uso da substância de forma errônea e irresponsável. Quem tem o TDAH diagnosticado por um profissional capacitado e necessita fazer uso da ritalina deve seguir sempre as orientações médicas. Qualquer dúvida ou qualquer sintoma é aconselhável sempre procurar um profissional.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

TDAH

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Na maior parte das vezes, se manifesta muito cedo, porém é com o início da vida escolar, que os sintomas revelam-se de forma mais perceptível. Geralmente aquele que possui o TDAH se destaca do padrão de desenvolvimento esperado para a sua idade. O TDAH afeta o portador em diversos aspectos de sua existência e tem um curso longo, podendo apresentar, em alguns casos, uma melhora ao atingir a vida adulta, principalmente no que se refere aos sintomas de hiperatividade.
Os principais sintomas do TDAH são a dificuldade de manter a atenção, hiperatividade (manifestada geralmente por uma grande agitação motora e mental) e a impulsividade. A pessoa acometida por esta patologia não consegue se manter focada em um único estímulo do ambiente, em virtude das outras fontes de estimulação. Frequentemente, o paciente é descrito e rotulado como distraído, no mundo da lua, a mil por hora, encapetado, cabeça nas nuvens, irresponsável ou sem educação.
As maiores dificuldades do portador de TDAH estão relacionadas ao planejamento, à estruturação e à organização das atividades cotidianas. É na escola, onde provavelmente pela primeira vez, o TDAH é notado de forma clara como um problema real da criança devido às exigências do processo de aprendizagem. A criança com TDAH torna-se vulnerável afetivamente à medida que as cobranças e as pressões aumentam e, em conseqüência disso, suas dificuldades tornam-se mais salientes em relação às das crianças não portadoras. Estas dificuldades, equivocadamente, podem ser confundidas com falta de limite, preguiça, falta de educação ou falha de caráter, o que aumenta ainda mais a dificuldade de integração. Quando a escola e os professores não estão preparados para receber uma criança com TDAH, sua vida e a de seus familiares podem passar por diversos problemas.
Na infância, a criança pode apresentar algumas dificuldades como, por exemplo, seguir instruções ou o que foi combinado, acompanhar o andamento das aulas, grande dificuldade em ficar parado e movimentar-se o tempo todo. Em decorrência destes sintomas, é comum a presença de dificuldades escolares ou de aprendizagem sem que a criança apresente algum sinal de déficit de inteligência. Devido ao comportamento muitas vezes impulsivo ou desatento, as crianças portadoras de TDAH são desprezadas em rodas sociais e classificadas como mal-educadas ou sem limites e tendem a ser impopulares com outras crianças. A criança cresce sendo comparada e comparando-se às outras crianças, aos irmãos e aos colegas, sempre julgando-se incapaz ou inferiorizada. De modo geral, essa impressão, é reforçada pelos pais e responsáveis ou até mesmo por outras crianças. Caso o ambiente social não seja adequado, complicações secundárias podem ocorrer, como baixa auto-estima, insegurança, desajuste social e abuso de drogas, podendo chegar, em casos extremos, à criminalidade.
No decorrer da adolescência o portador pode carregar consigo muitos dos rótulos relacionados aos sintomas do TDAH. Traz também uma história escolar, muitas vezes, frustrante e deficiente em muitas áreas. Por experimentar, na maior parte dos casos, uma baixa auto-estima, tem dificuldades em manter um relacionamento social estável. Em virtude disto, trocas de grupos de amigos tornam-se bastante freqüentes.
Os adultos com TDAH costumam ter dificuldade de organizar e planejar suas atividades do dia a dia. Pode ser difícil para uma pessoa com TDAH determinar o que é mais importante dentre muitas coisas que tem para fazer, escolher o que vai fazer primeiro e o que pode ser deixado para depois. Em conseqüência disso, quem apresenta o TDAH fica muito estressado quando se vê sobrecarregado (e é muito comum que se sobrecarregue com freqüência, uma vez que assume vários compromissos diferentes), pois não sabe por onde começar e tem medo de não conseguir dar conta de tudo. Os indivíduos com TDAH acabam deixando trabalhos pela metade, interrompem no meio o que estão fazendo e começam outra coisa, só voltando ao trabalho anterior bem mais tarde do que o pretendido ou então se esquecendo dele.
O portador de TDAH apresenta dificuldade para realizar sozinho suas tarefas, principalmente quando são muitas, e o tempo todo precisa ser lembrado pelos outros sobre o que tem para fazer. Isso tudo pode causar problemas na faculdade, no trabalho ou nos relacionamentos com os demais. A persistência nas tarefas também pode ser difícil para quem tem o TDAH, pois freqüentemente costuma deixar as coisas pela metade. Embora estas pessoas sejam indivíduos criativos e inteligentes, em sua maioria, apresentam dificuldades em concretizar este potencial.
Há três subtipos de TDAH bastante conhecidos, sendo eles: TDAH do tipo predominante desatento - Geralmente apresentado por crianças dóceis, fáceis de se lidar, porém com dificuldade de aprendizagem desde o início de sua vida escolar, pois sua falta de atenção sustentada não deixa que ela mostre seu potencial; TDAH do tipo hiperativo impulsivo – Normalmente as crianças não apresentam dificuldades de aprendizagem nos primeiros anos de vida escolar e sim, por volta da 5ª série ou mesmo, posteriormente. Desenvolvem um padrão de comportamento disfuncional tumultuando as aulas, são resistentes à frustração, imediatistas e com dificuldade de seguir regras e instruções, por isso apresentam altas taxas de impopularidade e de rejeição pelos colegas; e o TDAH do tipo combinado – Há um prejuízo maior no funcionamento global. Quando comparado aos outros 2 subtipos é o que apresenta também maior número de comorbidades.
O tratamento do TDAH deve ser feito através de psicoterapia e sempre que necessário estar aliado à psicofármacos (geralmente prescritos por psiquiatras ou neurologistas). A terapia cognitivo-comportamental busca auxiliar o portador a desenvolver padrões cognitivos e comportamentais que ajudem a lidar com o seu cotidiano. Na abordagem cognitiva começa-se com a psicoeducação sobre o transtorno, tanto para o cliente quanto para familiares e professores, quando for o caso. Esta psicoeducação tem como objetivo ajudar o cliente e os que estão a sua volta a compreenderem melhor os sintomas e prejuízos causados pelo transtorno. O foco da terapia deve ser a mudança de velhos hábitos que já se tornaram vícios como o adiamento de tarefas, a desorganização, pensamentos negativos, bem como o resgate da auto-confiança e da auto-estima até então abalados.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Inveja ou ciúmes?

Quando pensamos na palavra inveja, este termo logo nos remete a uma sensação desagradável, a uma idéia de maldade. Entretanto a inveja pode não ser de todo mal. A este tipo de sentimento popularmente chamamos de “inveja branca”, “inveja boa”, o que não passa de uma admiração. É normal admirarmos outras pessoas, termos elas como ponto de referência, o que pode nos servir de estímulo para chegarmos onde desejamos. Por exemplo, quando um amigo nosso troca de carro ou quando ele é promovido no trabalho, ficamos felizes, mas ao mesmo tempo gostaríamos que isso também acontecesse conosco, porém não há nenhuma idéia maliciosa nesta felicidade. O problema se inicia quando começamos a querer demais o que é do outro, quando sentimos raiva pelas conquistas que não são nossas, quando surge um desejo de destruição do sucesso e dos bens alheios.
É importante termos claro a diferença entre inveja e ciúme, pois estes dois sentimentos são frequentemente confundidos pelo senso comum. O ciúme é o medo de perder algo que se tem, ao contrário da inveja, quando queremos o que é do outro. Só temos ciúme de algo que é nosso, seja um objeto ou uma pessoa, não podendo ter ciúmes do que não possuímos. O indivíduo que sente ciúme geralmente é uma pessoa bastante vulnerável, sensível, insegura, muito desconfiada e com uma auto-estima muito baixa. Como a pessoa não pode perder aquilo que possui, ela faz uso de artimanhas como o controle, tanto de sentimentos quanto de comportamentos do outro.
A inveja pode ser considerada um dos sentimentos mais primitivos do ser humano e é, geralmente, negada pela grande maioria. É um sentimento de inferioridade que surge através da comparação que fazemos entre nós e o outro. Esta comparação é ensinada desde cedo, por exemplo quando somos constantemente comparados com o irmão que é mais bonzinho ou com o primo que tira melhores notas. É nessa época que nossas qualidades e defeitos começam a ser reconhecidos, quando as pessoas começam a ser admiradas pelas suas características que despertam mais atenção. Somos ensinados desde cedo que não podemos ter ou ser o pior, embora sempre tenha aquele que vai se sobressair mais que os outros.
Há uma tendência a supervalorizar o outro com tudo o que ele possui e desvalorizar o que temos. Frente a uma comparação, o invejoso sente-se incapaz e percebe o outro como possuidor de todos atributos que acredita não ter. Quando criticamos alguém, quando diminuímos ou ofendemos, quando temos necessidade de falar mal de alguém, provavelmente estamos nos sentindo inferiores a ele, ou seja, à medida que diminuímos o outro, diminuímos a todo momento o nosso próprio tamanho. Há uma mistura de raiva e tristeza por tudo que a pessoa é ou conquistou. Isso acontece no âmbito escolar, familiar e social e acaba gerando sentimentos de impotência, inferioridade e insatisfação consigo mesmo.
Quem sente inveja acha que o invejado tem o que quer, o que nem sempre é verdade. A pessoa apenas sabe explorar suas qualidades obtendo êxito em seu meio. O invejoso pode ter inveja de quem constituiu uma carreira de sucesso, comprou um carro novo ou até mesmo de coisas banais, como o modo de agir de alguém. A inveja, sem dúvida, atrasa o desenvolvimento pessoal e profissional do invejoso exatamente pelo fato deste se esquecer de viver sua própria vida e de reconhecer seus méritos e suas conquistas. Quem é invejado certamente possui qualidades que faltam ao invejoso. Normalmente quem sente inveja sofre mais do que o invejado, que sofre quando o invejoso o prejudica, seja ao falar mal, seja ao prejudicá-lo no trabalho, na vida pessoal e em muitos outros casos. Muitas vezes o invejoso é alguém que consideramos amigo e por este motivo não conseguimos notar o que ele realmente sente por nós.
O invejoso deseja ter algo que outra pessoa tem, quer estar no lugar do outro ou deseja que ele perca aquela qualidade que tanto almeja. Muitas vezes o invejoso arquiteta planos para ocupar o lugar do invejado e se dedica a isso ao invés de procurar seu próprio caminho. Quando passamos a querer viver a vida do outro, esquecendo quem nós somos e as qualidades que temos, é porque a inveja já virou doença. Muitas vezes a inveja é tão doentia que chega ao ponto de prejudicar seriamente o outro. O invejoso literalmente “gruda” no invejado, o persegue querendo saber tudo que ele vai fazer, qual o próximo passo que vai dar para então prejudicá-lo, chegando ao ponto de viver a vida que não a sua.
Aqueles que sentem inveja precisam desenvolver suas potencialidades e ter consciência de que podem ser admirados e felizes. Só podemos obter o sucesso quando desenvolvemos nossas próprias qualidades. Para isto a pessoa precisa exercer o autoconhecimento, se perguntar do que gosta, o que quer e de que maneira pode conseguir o que almeja. Devemos ter sempre em mente que somos todos seres capazes de nos transformarmos naquilo que gostaríamos de ser e ter, transformando cada sonho em realidade, ocupando nosso tempo em buscarmos cada um deles. Não podemos perder parte de nossas vidas focados no que o outro tem ou é, ou tentando destruir quem conseguiu o que não conseguimos. Acima de tudo, devemos acreditar em nós mesmos, gostarmos de quem somos e buscarmos os nossos próprios sonhos.

* Publicado na Revista Saúde Interativa

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Postura Empresarial

As empresas estão cada vez mais preocupadas em tomar medidas para evitar prejuízos para os seus funcionários e para o rendimento destes, o que a afeta diretamente.
Algumas dicas são o investimento em um bom ambiente de trabalho para o seu colaborador, levar em conta o bem-estar, a ergonomia (oferecer cadeiras adequadas, disponibilizar o material necessário para a execução do serviço, boas condições de iluminação, ambiente sempre que possível tranqüilo e desprovido de ruídos, material necessário para a proteção do trabalhador), motivação.
Para a psicóloga Fernanda Beltrame, fazer uso da recreação é uma ótima opção para descontrair o ambiente de trabalho. – Podem ser aplicadas dinâmicas de grupo, ginástica laboral, ciclo de palestras. O colaborador que tem uma boa qualidade de vida no trabalho, que se sente parte daquela equipe e que é valorizado, produz mais e melhor. A chefia deve estar aberta para receber críticas e sugestões. Criar um relacionamento de confiança entre corporação e colaboradores é fundamental. Através de uma pesquisa de clima organizacional, a chefia pode fazer um levantamento das necessidades de seus colaboradores a fim de tornar o ambiente de trabalho mais saudável e planejar um treinamento, explica a especialista em gestão de pessoas.

Aprenda a lidar com situações tensas

A dica da psicóloga Fernanda Beltrame para o enfrentamento das situações de tensão que afetam a saúde do funcionário é tentar sempre manter a calma e nunca agir de “cabeça quente”:
- Numa discussão deve-se sempre ver os dois lados. Nem toda situação é ruim, por pior que ela possa parecer sempre podemos tirar algo positivo, como uma lição, um aprendizado.
- Quando se sentir tenso, tente relaxar, exercícios de respiração aliviam a tensão e ajudam na oxigenação do cérebro.
- De hora em hora faça uma pausa para tomar uma água ou um café.
- No início do dia faça uma agenda das tarefas a serem desempenhadas naquele dia. Não coloque tarefas além do que pode fazer (o colaborador não deve se sobrecarregar).
- Diante de uma situação de estresse ou conflito, pare e analise o que realmente o incomoda. Muitas vezes a pessoa não sabe lidar com o conflito por uma característica pessoal que pode ser desenvolvida em terapia.

Necessidade de oferecer treinamento

Um estruturado programa de treinamento serve como uma ferramenta eficaz na solução de problemas como perda da qualidade, baixa produtividade, falta de sintonia com os avanças tecnológicos, perda da motivação e auto-estima, conflitos internos, falta de comprometimento, acomodação, diminuição da capacidade produtiva, danos em equipamentos, gastos inúteis de materiais, lentidão na execução das tarefas. – Um programa de treinamento bem planejado e aplicado traz como benefícios para a empresa aumento de produtividade, redução de custos, melhoria da qualidade, redução na rotatividade de pessoal, flexibilidade dos empregados, entrosamento, equipe auto-gerenciada, velocidade no ritmo das tarefas, empresa mais competitiva, busca de aperfeiçoamento contínuo e descobertas de novas aptidões e habilidades, afirma a psicóloga Fernanda Beltrame.
Entretanto, alguns líderes de empresas ainda pensam que o treinamento se faz necessário quando há uma falta de preparo dentro da empresa. Se um funcionário novo entra em uma empresa e não passa por um treinamento, pode prejudicar o resultado final da produção. – Porém, o treinamento não precisa ser feito somente quando um colaborador novo ingressa na empresa. Pode e deve ser feito constantemente, pois além de ser encarado como um investimento no colaborador, que se sente valorizado pela empresa investir em seu aprendizado, também melhora o clima da empresa e a comunicação interna. O treinamento aumenta a capacidade e as habilidades do colaborador, conclui.

Terapia para trabalhar melhor

Também se pode procurar terapia para desenvolver uma habilidade, como falar em público, se relacionar melhor e aprender a trabalhar em grupo. A psicóloga lista algumas razões para você procurar ajuda:
- Quando o colaborador está levando muito trabalho da empresa para casa, não sabe dividir o que é da empresa e o que é da casa, isso termina por afetar sua vida familiar e social.
- Quando tem problemas de relacionamento.
- Quando percebe que seu estresse está muito elevado.
De acordo com a psicóloga, a terapia ajudará o paciente a entender que há uma interação entre os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos vivenciados; pois os transtornos psicológicos são decorrentes de um modo distorcido ou disfuncional dos seres humanos enxergarem os acontecimentos, o que influencia o afeto e o comportamento. Os pensamentos conseguem modular as emoções e mantê-las disfuncionais, independente de suas origens. Não é apenas a situação que determina o que as pessoas sentem, mas sim o modo como elas interpretam determinados eventos. Assim, o indivíduo vai começar a mudar seus pensamentos, o que sente naquela situação e, como conseqüência, vai mudar o seu comportamento também, afirma.

Comportamento do chefe pode deixar funcionário doente

A psicóloga Fernanda Beltrame acredita que a postura do chefe pode trazer riscos à saúde do funcionário.
Aquele chefe que pressiona, que faz uma ameaça velada ao colaborador, como por exemplo, se ele não alcançar a meta pode ser o próximo a ir pra rua, que trata seu colaborador aos gritos, que comete assédio moral, como chamá-lo de burro na frente dos demais colaboradores, pode gerar uma série de riscos à saúde do seu funcionário. Muitas vezes isso culmina no desenvolvimento de algumas psicopatologias, como ansiedade, estresse, somatização, depressão, síndrome do pânico entre outras.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Violência fora de casa

Atualmente tem se comentado muito sobre o 'bullying' praticado nas escolas, e que é usado para designar atos de violência, tanto física quanto psicológica, que é praticado por um ou mais indivíduos e que tem como objetivo agredir o outro. Estas agressões são intencionais e repetidas e ocorrem sem motivação evidente. Inicialmente pode parecer uma simples brincadeira entre colegas, porém com o tempo, pode provocar uma série de consequências para a vítima.
Segundo estudos psicológicos, a pessoa que é vítima de bullying, possui um perfil: geralmente tem poucos amigos, não é sociável, é passiva, insegura, quieta e não reage efetivamente aos atos de agressividade que sofre. Entre as consequências estão o isolamento e a queda do rendimento escolar havendo, muitas vezes, a simulação de alguma doença como recusa a ir para a escola. Futuramente, dependendo das suas características individuais e da sua relação com o meio no qual está inserido (em especial o meio familiar), o jovem poderá não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na escola. Poderá crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa auto-estima, tornando-se um adulto com sérios problemas de relacionamento, podendo assumir também um comportamento agressivo. Em alguns casos extremos, o bullying pode afetar o estado emocional da vítima de tal maneira que ele opte por soluções trágicas, como o suicídio.
A psicóloga Fernanda Callegari Beltrame, salienta que "é importante que os pais fiquem atentos quando os filhos apresentam, com frequência, desculpas para faltar às aulas ou indisposições como dores de cabeça, de estômago, diarréias e vômitos antes de irem à escola; quando há queda no rendimento escolar, havendo dificuldade de concentração e aprendizagem; quando pedem para mudar de sala ou de escola sem motivo aparente e, quando voltam da escola irritados ou tristes, machucados e com as roupas e materiais sujos ou danificados." Se os pais suspeitarem que seu filho possa estar sendo vítima de bullying é indicado que eles estimulem a criança/adolescente a conversar sobre seu cotidiano e sempre que necessário, entrar em contato com a escola. Criar um ambiente de confiança e segurança é fundamental para que o jovem possa expressar seus problemas e dificuldades sem que se sinta menosprezado. Em caso de dúvida é aconselhável que os pais procurem a ajuda de um profissional capacitado.

* Publicado no Diário de Santa Maria - Caderno Educação.

Tricotilomania

A tricotilomania é um distúrbio psicológico caracterizado pelo ato de arrancar os cabelos, resultando em falhas e lesões na área afetada. Este ritual de arrancar os cabelos pode ocorrer em diferentes momentos ao longo do dia, como a hora de dormir, ao assistir televisão, falar ao telefone ou ler. As situações mais identificadas como propícias são aquelas percebidas como estressoras e situações de distração e monotonia ou quando o paciente está sozinho num sentimento de ansiedade e aborrecimento. Quando a pessoa se encontra nesta situação, a tensão se eleva e vem um desejo incontrolável de arrancar o cabelo. Logo após ela arrancar, há uma sensação de alívio da tensão, seguida pela culpa de ter arrancado o fio.
Em geral, o paciente procura fios com características especiais para arrancar: finos, grossos, lisos, encaracolados, duros, brancos. A seguir, examina os fios arrancados, enrola-o nos dedos, alisa, brinca, aperta a raiz, senti a textura, passa em volta da boca e morder a raiz, chegando a engolir os fios. A ingestão dos cabelos arrancados é denominada de tricofagia e pode causar obstrução gástrica ou intestinal, anemia, dor abdominal, náusea, vômito, anorexia e mau-hálito. Pode também haver irritação e feridas na pele.
Em geral, os pacientes acometidos desta patologia tendem a esconder as falhas surgidas onde os fios foram arrancados e evitam contato social em que precisam se expor. Esportes como natação ou atividades realizadas em local com ventilação também são evitadas, apresentando baixa auto-estima, culpa e vergonha por sua condição.
A tricotilomania também ocorre em crianças, podendo ser passageira. Tanto em crianças quanto em adultos, é importante observar a freqüência e o tempo que o comportamento permanece, bem como o grau de perda capilar. O acompanhamento de um profissional é a forma mais adequada de assegurar o diagnóstico correto e fazer a intervenção necessária.

Transtorno do Pânico

O Transtorno do Pânico (TP) pode ser considerado um dos problemas mais freqüentes na área dos transtornos de ansiedade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as pessoas que têm o transtorno do pânico, em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 à 40 anos), que encontram-se no auge de sua vida profissional. Quem sofre deste mal costuma apresentar um histórico de vida em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas a nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, auto-expectativas extremamente altas, tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras. Esta forma de ser, acaba por predispor essas pessoas a situações de stress acentuado, o que pode levar ao aumento intenso de determinadas regiões do cérebro, desencadeando um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do transtorno.
Taquicardia, falta de ar, tremores, sudorese, tonteiras, vertigens, pernas bambas, náusea, formigamentos, ideações de morte por sufocamento ou ataque cardíaco, perda de controle e desmaio são alguns dos sintomas presentes nas pessoas acometidas pelo TP. A vida profissional, pessoal e afetiva destas pessoas pode ser gravemente afetada – Não conseguem mais sair na rua sozinhas e algumas vezes nem acompanhadas. Infelizmente, há um grande número de pessoas com este transtorno que, devido a falta de informação e de acesso a tratamentos adequados, buscam alívio no álcool e nas drogas.
O diagnóstico do TP possui critérios bem definidos, sendo assim, não podemos classificar o aparecimento de qualquer sintoma como sendo o transtorno. Na dúvida, procure um profissional capacitado a fazer tal diagnóstico.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Por que precisamos de qualidade de vida?

Está provado que a pessoa que cultiva uma boa qualidade de vida transita com mais facilidade pelos desafios surgidos no dia-a-dia. Muitos acham que isso é impossível em meio aos problemas profissionais, familiares, afetivos, financeiros e de saúde que o cotidiano moderno impõe. No entanto, essa concepção está equivocada. A busca pelo bem-estar antecede a todas essas problemáticas. Viver com qualidade é a preparação, ou seja, o fortalecimento que estrutura os enfrentamentos das situações a serem transportadas.
A psicóloga Fernanda Callegari Beltrame explica que a partir do momento em que a pessoa tem uma boa qualidade de vida, consegue dedicar-se ao trabalho, à vida social e ter momentos de lazer. Esse comportamento, em consequência, contribui para uma boa saúde mental.
- Atualmente, precisamos ter saúde física e psicológica para lidarmos com uma enorme variedade de problemas que a modernidade nos traz, como por exemplo, o estresse - afirma a psicóloga, que reconhece que nem sempre é fácil se desligar de tudo, diminuir o ritmo e deixar de lado a correria desenfreada da dupla ou tripla jornada exercida no dia-a-dia.

Recomendações:
É necessário saber dosar a vida profissional com a vida pessoa. De que forma?
- Se as horas extras forem inevitáveis no trabalho, tente não fazer delas um hábito.
- Inclua na sua rotina tarefas como sair para caminhar, ir a um cinema, visitar um amigo ou qualquer outra tarefa que você se sinta bem ao fazer. mas, principlamente, se proponha a realizar sempre que possível estas atividades. Não as encare como uma cobrança e sim como um momento de lazer do qual você possa se beneficiar.

sábado, 28 de julho de 2012

Autoanálise para compreender as emoções e melhorar as atitudes

O que você pensa de si mesmo e sobre o que acontece na sua vida (cognitivo)? Como isto afeta o seu modo de agir (comportamental)? Esse é o foco do tratamento da psicoterapia cognitivo-comportamental. Neste tipo de terapia é examinada a interação entre os pensamentos, as crenças, os sentimentos e os comportamentos vivenciados pelo indivíduo, tanto consciente quanto insconscientemente. Desta forma baseia-se mais no momento presente, ao invés de focar tanto as causas no passado.
A psicóloga Fernanda Callegari Beltrame explica que os transtornos emocionais são decorrentes de um modo distorcido da pessoa enxergar os acontecimentos, o que influencia e afeta o seu comportamento. Os pensamentos conseguem modular as emoções e mantê-las fora do normal, independente de suas origens. Não é apenas a situação que determina o que as pessoas sentem, mas sim o modo como elas interpretam determinados eventos - explica a psicóloga que está se especializando em psicologia cognitivo-comportamental.
A psicóloga diz que nesta abordagem, ao longo do processo se desenvolve um carater educativo, em que o indivíduo aprende a ser o seu próprio terapeuta e acaba adquirindo liberdade e autonomia. Além disso, a terpaia cognitiva é focada nos problemas do indivíduo e no estabelecimento de metas específicas, que devem ser cumpridas para a obtenção de uma melhora em seu quadro.

Indicação:
A psicoterapia é recomendada para pessoas que possuem problemas como depressão, estresse, transtorno bipolar, fobias, problemas de casal e de família, pessoas que queiram aprender a lidar melhor com alguma situação difícil ou incômoda que tenha surgido na sua vida, como a descoberta de uma doença ou a morte de alguém querido. não há uma faixa etária específica para este tipo de tratamento.

A importância de pensar positivo:
A força do pensamento e da ação positiva é reconhecida pelos profissionais de diversas áreas como potencializadora da mente, atuantes na transformação pessoal. Pesquisas no campo da psicologia apontam que uma atitude otimista podem influenciar a resistência do organismo às doenças. A psicóloga Fernanda Callegari Beltrame adverte que o pessimista desenvolve crenças que prejudicam a si próprio, a saúde mental e física, diminuindo a sua produtividade. - Sem contar que pensamentos negativos atrapalham e obstruem qualquer tipo de progresso na vida, podendo gera inclusive problemas físicos como gastrite, pressão alta, estresse e até câncer - alerta a psicóloga.
A recomendação é ter pensamentos confiantes, seguros, construtivos e otimistas. Pois assim, a pessoa se torna mais agradável de conviver, podendo se socializar melhor e estará beneficiando a própria saúde.
A especialista esplica que quando há desarmonia entre mente e corpo, podem ocorrer alguma smanifestações de doenças psicossomáticas, que são processos em que a pessoa transfere para o organismo a carga emocional decorrente de alguma situação incômoda pela qual está passando.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Terceira idade: das limitações à qualidade de vida

O envelhecimento humano, assim como as demais etapas da vida é um processo de transformação do organismo que se reflete nas suas estruturas físicas, nas manifestações da cognição, bem como na percepção subjetiva dessas transformações. A preocupação com a qualidade de vida na velhice ganhou importância especificamente nos últimos 30 anos e isso se deu em função do crescimento do número de idosos juntamente ao aumento da longevidade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a qualidade de vida pode ser definida como “a percepção do indivíduo da sua posição na vida, no contexto de sua cultura e dos sistemas de valores da sociedade em que vive em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
Com o passar do tempo a pessoa idosa começa a perceber inúmeras diferenças físicas e psicológicas. A agilidade antes presente começa a ceder espaço a um cansaço, ao se olhar no espelho percebe que seus cabelos tornaram-se brancos, a pele um pouco enrugada, a memória pode não se manifestar tão boa como antigamente, dentre outras mudanças. O tempo livre já não é mais visto com bons olhos, muitas vezes se fazendo presente um sentimento de frustração e inutilidade. É comum nesta etapa da vida a manifestação de sintomas depressivos e da demência do tipo Alzheimer (DTA).
A depressão caracteriza-se principalmente por um estado de humor deprimido e melancólico. Freqüentemente é acompanhada de insônia, ansiedade e de tensão muscular, podendo ocorrer dores musculares (geralmente nas costas ou na nuca) acompanhadas de dores de cabeça. Ainda pode haver tremores nas mãos, palpitações e sudorese, o que a faz ser confundida com outras patologias. A inatividade, a solidão e as perdas de entes queridos estão entre as principais causas de depressão na terceira idade.
A DTA é o tipo mais comum de demência e é considerada uma doença neurodegenerativa, ou seja, advém de um processo degenerativo no sistema nervoso central. Ela acontece gradativamente e provoca alterações cognitivas (perda de memória) e motoras, acarretando em uma perda gradual da independência na realização de tarefas cotidianas. Os problemas de memória por sua vez, comprometem a capacidade de elaborar e recordar informações, podendo diminuir inclusive o vocabulário da pessoa acometida pela DTA. Com isso há sérios prejuízos, tanto social quanto ocupacional.
A psicoterapia, sem dúvida, é de grande valia para os idosos com quadros depressivos ou demenciais e seus familiares. Estes quadros, em especial a doença de Alzheimer trazem um grande sofrimento tanto para o paciente quanto para a sua família. Muitos acreditam, erroneamente, que o idoso não percebe os sintomas da doença. Ele percebe sim, especialmente no início da doença, onde se manifesta as primeiras perdas de memória. O idoso ao dar-se conta de que esqueceu alguns fatos se sente muito angustiado por não lembrar e de certa forma sabe que alguma coisa está errada. A terapia, neste sentido, vem a proporcionar um espaço onde ele possa falar dessa sua angústia, do que vem acontecendo e do seu medo em relação ao futuro. Deve ser realizado, também, um trabalho juntamente aos familiares, pois estes sofrem muitas vezes até mais do que o idoso frente a estes quadros. O profissional da psicologia pode ser um aliado na busca do bem-estar dos mesmos, pois através de uma escuta clínica das angústias, do sofrimento e da incerteza dos familiares perante ao estado de saúde dos idosos, ele pode ajudá-los a elaborar suas questões, a aceitar a situação e a buscar alternativas para minimizar o sofrimento do cliente e de todos envolvidos.
Algumas prevenções podem ser feitas no sentido de obter uma qualidade de vida mais saudável na terceira idade:
- O idoso deve ter momentos de lazer, bem como uma interação social, afim de que a mente possa manter-se sempre ativa e saudável. Uma forma bastante utilizada de interação social são os grupos de terceira idade.
- É importante que o idoso seja respeitado e possa desempenhar suas atividades normalmente, sempre levando em conta suas limitações.
- Compartilhar seus conhecimentos com as novas gerações é uma outra maneira de sentir-se ativo, assim o idoso tem a chance de passar aos outros o que sabe e manter-se integrado a sociedade.

A Psicoterapia Cognitivo-Comportamental

A psicoterapia Cognitivo Comportamental (também conhecida por TCC), surgiu nos Estados Unidos por volta da década de 1960 e vem sendo cada vez mais aprimorada e difundida em todo o mundo. Com grande eficácia no tratamento de estados de ansiedade e outros distúrbios psicológicos, exerce muitas vezes um modelo reeducativo sobre o paciente. O tratamento pode ou não estar associado a medicamentos (prescrito apenas por médicos), entretanto passa a ser a principal forma de terapia quando não há indicação para o uso deste ou quando o mesmo possa causar fortes efeitos colaterais ou exista uma impossibilidade clínica para o seu uso.
O trabalho proposto pela TCC está focado nas conexões entre o que uma pessoa pensa sobre si mesma ou sobre a situação – que é a parte cognitiva, e como isso vai afetar sua maneira de agir – que é a parte comportamental. Dentro desta abordagem é fundamental o paciente entender o modelo cognitivo, ou seja, entender que há uma interação entre os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos vivenciados. Nesta visão, os transtornos psicológicos são decorrentes de um modo distorcido ou disfuncional dos seres humanos enxergarem os acontecimentos, o que influencia o afeto e o comportamento. Os pensamentos conseguem modular as emoções e mantê-las disfuncionais, independente de suas origens. Não é apenas a situação que determina o que as pessoas sentem, mas sim o modo como elas interpretam determinados eventos. Se pegarmos o exemplo de uma pessoa deprimida, veremos que ela tem um modo de pensar negativo, que certamente afetará sua motivação e seu comportamento. A pessoa pode estar deprimida aliando dois fatores: uma perda pessoal, por exemplo e a predisposição genética para a depressão.
Esta abordagem concentra-se basicamente no que está acontecendo agora na vida do cliente ao invés de buscar causas no passado. Isso não quer dizer que o passado do indivíduo não vai interessar, claro que vai, porém o que acontece é que essa história não vai ser o foco principal do trabalho naquele momento. O objetivo é a identificação e a correção de padrões de pensamentos (crenças), tanto conscientes quanto inconscientes. Estas crenças podem ser funcionais ou disfuncionais – que é onde o terapeuta vai trabalhar, proporcionando ao cliente um melhor entendimento sobre si e indagando a validade ou equívoco de suas percepções.
Muitas vezes quando o cliente chega até um consultório psicológico, o motivo explicitado ao profissional, ou seja, a queixa inicial geralmente é o menos ansiogênico e o mais tolerável para o cliente ou responsável que o leva, nem sempre sendo o mais verdadeiro. Normalmente os motivos reais não são conhecidos ou se apresentam de maneira latente, vindo à tona com o decorrer das sessões e da relação de confiança estabelecida entre o cliente e terapeuta. O paciente quer ser ajudado e quer respostas e estas respostas não estão prontas, elas vão sendo construídas ao longo do processo terapêutico.
A TCC, ao longo do processo vai desenvolvendo um caráter educativo, onde o paciente aprende a ser o seu próprio terapeuta e vai adquirindo liberdade e autonomia. Para que isto aconteça, primeiramente o paciente deve ser esclarecido sobre a origem de seu transtorno e a relação existente entre seus pensamentos, emoções e comportamentos. Além do mais, a terapia cognitiva é focada nos problemas do cliente e no estabelecimento de metas específicas que devem ser cumpridas para a obtenção de uma melhora em seu quadro. É indicada tanto para pessoas que possuam um problema específico (depressão, stress, transtorno bipolar, fobias e outros quadros clínicos), problemas de casal e de família; como para pessoas que queiram aprender a lidar melhor com alguma situação difícil que tenha surgido ou incômoda de sua vida (a descoberta de alguma doença, por exemplo, a morte de alguém). Não há uma faixa etária específica para este tipo de tratamento. Crianças, adolescentes adultos e idosos, todos podem aderir a TCC e obter excelentes resultados.
Embora a abordagem cognitiva comportamental tenha uma resposta bem mais rápida se comparada as demais teorias, não há uma promessa de cura em um numero pré-determinado de encontros, que acontecem na maioria dos casos uma à duas vezes por semana. Normalmente o terapeuta não costuma limitar um numero de sessões - o tempo de tratamento vai depender da natureza e da quantidade de problemas existentes a serem trabalhados, bem como do empenho e da disponibilidade do cliente para o tratamento. Quando um paciente está prestes a receber alta, o intervalo entre as sessões devem ser aumentados, passando de uma vez por semana a quinzenais.

A psicoterapia Cognitivo-Comportamental

A psicoterapia Cognitivo Comportamental (também conhecida por TCC), surgiu nos Estados Unidos por volta da década de 1960 e vem sendo cada vez mais aprimorada e difundida em todo o mundo. Com grande eficácia no tratamento de estados de ansiedade e outros distúrbios psicológicos, exerce muitas vezes um modelo reeducativo sobre o paciente. O tratamento pode ou não estar associado a medicamentos (prescrito apenas por médicos), entretanto passa a ser a principal forma de terapia quando não há indicação para o uso deste ou quando o mesmo possa causar fortes efeitos colaterais ou exista uma impossibilidade clínica para o seu uso.
O trabalho proposto pela TCC está focado nas conexões entre o que uma pessoa pensa sobre si mesma ou sobre a situação – que é a parte cognitiva, e como isso vai afetar sua maneira de agir – que é a parte comportamental. Dentro desta abordagem é fundamental o paciente entender o modelo cognitivo, ou seja, entender que há uma interação entre os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos vivenciados. Nesta visão, os transtornos psicológicos são decorrentes de um modo distorcido ou disfuncional dos seres humanos enxergarem os acontecimentos, o que influencia o afeto e o comportamento. Os pensamentos conseguem modular as emoções e mantê-las disfuncionais, independente de suas origens. Não é apenas a situação que determina o que as pessoas sentem, mas sim o modo como elas interpretam determinados eventos. Se pegarmos o exemplo de uma pessoa deprimida, veremos que ela tem um modo de pensar negativo, que certamente afetará sua motivação e seu comportamento. A pessoa pode estar deprimida aliando dois fatores: uma perda pessoal, por exemplo e a predisposição genética para a depressão.
Esta abordagem concentra-se basicamente no que está acontecendo agora na vida do cliente ao invés de buscar causas no passado. Isso não quer dizer que o passado do indivíduo não vai interessar, claro que vai, porém o que acontece é que essa história não vai ser o foco principal do trabalho naquele momento. O objetivo é a identificação e a correção de padrões de pensamentos (crenças), tanto conscientes quanto inconscientes. Estas crenças podem ser funcionais ou disfuncionais – que é onde o terapeuta vai trabalhar, proporcionando ao cliente um melhor entendimento sobre si e indagando a validade ou equívoco de suas percepções.
Muitas vezes quando o cliente chega até um consultório psicológico, o motivo explicitado ao profissional, ou seja, a queixa inicial geralmente é o menos ansiogênico e o mais tolerável para o cliente ou responsável que o leva, nem sempre sendo o mais verdadeiro. Normalmente os motivos reais não são conhecidos ou se apresentam de maneira latente, vindo à tona com o decorrer das sessões e da relação de confiança estabelecida entre o cliente e terapeuta. O paciente quer ser ajudado e quer respostas e estas respostas não estão prontas, elas vão sendo construídas ao longo do processo terapêutico.
A TCC, ao longo do processo vai desenvolvendo um caráter educativo, onde o paciente aprende a ser o seu próprio terapeuta e vai adquirindo liberdade e autonomia. Para que isto aconteça, primeiramente o paciente deve ser esclarecido sobre a origem de seu transtorno e a relação existente entre seus pensamentos, emoções e comportamentos. Além do mais, a terapia cognitiva é focada nos problemas do cliente e no estabelecimento de metas específicas que devem ser cumpridas para a obtenção de uma melhora em seu quadro. É indicada tanto para pessoas que possuam um problema específico (depressão, stress, transtorno bipolar, fobias e outros quadros clínicos), problemas de casal e de família; como para pessoas que queiram aprender a lidar melhor com alguma situação difícil que tenha surgido ou incômoda de sua vida (a descoberta de alguma doença, por exemplo, a morte de alguém). Não há uma faixa etária específica para este tipo de tratamento. Crianças, adolescentes adultos e idosos, todos podem aderir a TCC e obter excelentes resultados.
Embora a abordagem cognitiva comportamental tenha uma resposta bem mais rápida se comparada as demais teorias, não há uma promessa de cura em um numero pré-determinado de encontros, que acontecem na maioria dos casos uma à duas vezes por semana. Normalmente o terapeuta não costuma limitar um numero de sessões - o tempo de tratamento vai depender da natureza e da quantidade de problemas existentes a serem trabalhados, bem como do empenho e da disponibilidade do cliente para o tratamento. Quando um paciente está prestes a receber alta, o intervalo entre as sessões devem ser aumentados, passando de uma vez por semana a quinzenais.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Depressão de Inverno – Diversos aspectos da nossa vida estão diretamente ligados aos fenômenos naturais, como por exemplo, as estações do ano

As estações influenciam não apenas a agricultura ou a moda, mas também nosso estado de espírito. No inverno é comum as pessoas apresentarem alterações no apetite, humor e no sono. Algumas preferem as comidas com bastante carboidratos, outras sentem uma vontade maior de ficar mais tempo na cama, e também há aqueles que apresentam mudanças na sua motivação diária. Por sua vez, estas alterações não se manifestam da mesma forma e intensidade em todas as pessoas. Algumas apresentam alterações praticamente não percebíveis e conseguem conviver tranquilamente com estas nos seus dias. Porém, há outras pessoas que vivenciam tais mudanças de uma forma muito intensa, o que consequentemente atrapalha o bom andamento da sua rotina. Estas pessoas que sentem real prejuízo podem estar sofrendo do que chamamos de Depressão de Inverno.

O Transtorno Afetivo Sazonal ou Depressão de Inverno é uma forma de depressão, que, como o próprio nome já diz, ocorre durante o período do outono e inverno. Ela ocorre devido à diminuição da luz solar, o que torna as pessoas mais vulneráveis as trocas normais de humor. Acredita-se que a ausência da luz contribui para a diminuição de serotonina, um neurotransmissor que regula o humor, o apetite e o sono. Inversamente, há um aumento da melatonina, hormônio que é estimulado pela escuridão. É o excesso deste hormônio que nos faz sentir tanto sono neste período.

É importante estar atento as diferenças existentes entre o Transtorno Depressivo Maior (depressão) e a Depressão Sazonal. O Transtorno Depressivo Maior não precisa de uma época do ano para se manifestar e não desaparece com as mudanças de estação. Além do mais, provoca uma distorção na visão de mundo e na visão que a pessoa tem de si mesma, pois os aspectos negativos passam a ter maior importância que os positivos. Há uma queda na auto-estima, a pessoa pode sentir-se triste, sem esperanças e mostrar-se abatida.

Sintomas do Transtorno Afetivo Sazonal:

- Dormir mais horas no inverno e mesmo assim continuar cansado e com dificuldade de acordar pela manhã.

- Aumento do apetite e vontade de ingerir carboidratos e chocolates.

- Mudanças na energia e motivação

- Dificuldade de concentração, execução de tarefas rotineiras, fadiga e isolamento social.

Para quem sofre de Depressão Sazonal, é aconselhável aproveitar sempre que possível a luz do sol para andar ao ar livre, praticar exercícios físicos (o que faz liberar endorfina) e acima de tudo, manter o convívio social. Este último é muito importante, pois com o frio as pessoas costumam ficar mais em casa, o que pode gerar isolamento e solidão.




segunda-feira, 26 de março de 2012

Somatização – Você sofre desse problema?

Dor no peito, tontura, fadiga, dor nas costas, dor abdominal, dor de cabeça, dor de garganta e falta de ar. Quantas vezes você já sentiu alguma dor destas e ao procurar um médico e fazer exames descobriu que não tinha nada fisicamente? A isso dá-se o nome de somatização.

Somatização são manifestações orgânicas onde a pessoa transfere para o seu corpo uma carga emocional decorrente do problema que está vivendo. A conseqüência disso muitas vezes pode ser o surgimento de uma doença ou o agravamento de uma doença já existente. A pessoa, por não saber expressar suas emoções e externalizar seus conflitos de forma adequada, acaba por armazenar as tensões em seu corpo. Com isso, são desencadeados alguns processos no organismo que com o tempo, geram o estresse e o aparecimento de doenças. É bastante comum confundir a somatização com o transtorno de hipocondria. A diferença é que na hipocondria, a pessoa é preocupada em excesso com a própria morte. O medo de ficar doente é tão grande que muitas vezes ela interpreta um mal-estar passageiro com um sinal de doença grave.

As doenças psicossomáticas surgem em momentos de muita ansiedade, estresse e frustração, sendo bastante comuns em pessoas que não costumam extravasar seus sentimentos, guardando-os para si como dor e mágoa. Assim, a tensão causada por eles se acumula no organismo e uma hora “explode”, causando manifestações do organismo.

Quem sofre com a somatização são pessoas que tem dificuldade de expressar suas emoções de forma adequada ou que as reprimem. São freqüentes os casos em que a doença dura a vida inteira. Doentes psicossomáticos tem muita dificuldade em admitir que tem um problema de fundo emocional, justamente por conta dos sintomas físicos que o acompanham. Seu raciocínio os faz pensar que se tem sintomas físicos certamente é uma doença e não um problema de fundo emocional. Isso os leva a ter uma resistência muito grande para procurar tratamento psicológico, mesmo com a insistência dos médicos que os acompanham. Mesmo quando vão ao psicólogo esses pacientes o fazem de má vontade e não conseguem falar de sua vida íntima ou de seus sentimentos, o que leva ao abandono do tratamento.

- De que forma a Terapia Cognitivo-Comportamental pode ajudar? -

A terapia cognitivo comportamental tem muito a oferecer às pessoas acometidas pelo transtorno somatoforme. O objetivo do tratamento é ensinar o paciente a lidar com os sintomas físicos e entender que eles tem uma origem psíquica. Se não houver tratamento psicológico e mudanças na vida do paciente, a somatização pode se arrastar pela vida inteira. Um grande passo é aprender a lidar de forma positiva com emoções e conflitos, que são os fatores que geram as doenças psicossomáticas. Concomitante à terapia, o apoio de familiares e amigos é muito importante para a auto-estima de um doente psicossomático. Em primeiro lugar é preciso entender que a pessoa sofre muito com os sintomas físicos e não cobrar que o que a pessoa sente é fruto da sua imaginação.


quarta-feira, 14 de março de 2012

Mulher: Sensibilidade e atitude!

Mesmo com toda independência conquistada, ser mulher nos dias de hoje não é tarefa fácil. Muitas encaram, diariamente, jornadas duplas e até triplas que envolvem cuidados com a casa, filhos, marido, trabalho e até estudos. Com a agitação da vida moderna e o aumento dos afazeres, muitas vezes a mulher não tem tempo de olhar para si e de cuidar-se. Agora pare e pense: Qual foi a última vez que você pensou primeiro em você? Como você está se sentindo consigo mesmo? Como está sua auto-estima? E a sua saúde?

A saúde feminina encontra-se diretamente ligada com a sua auto-estima. A auto-estima não é coisa que surge de repente. Por mais que não nos demos por conta, ela vem sendo formada desde a nossa infância, a partir da visão que temos de como somos tratados pelo outro. Por exemplo, uma criança que geralmente não tem o reconhecimento dos pais pode crescer com um sentimento de menos valia e, ao longo de sua vida, formar uma crença disfuncional de que ela não é bem vista pelos outros.

A auto-estima apresenta dois componentes fundamentais: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Em outras palavras, a auto-estima é a soma da autoconfiança com o auto-respeito. Ela reflete o julgamento implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios da vida (entender e dominar os problemas) e o direito de ser feliz (respeitar e defender os próprios interesses e necessidades).

Quando a auto-estima está baixa a mulher se sente insegura, com dúvidas, incerta do que realmente é, com um sentimento vago de não ser capaz de fazer nada. Acredita não ser capaz de ter alguém que a ame, de fazer aquilo que quer, de cuidar de si, o que, por sua vez, vem a desenvolver um forte sentimento de insegurança. Esse sentimento a faz desistir de tudo que começa, sempre achando que não vai conseguir. Frequentemente culpam os outros pelos próprios erros, encaram todas as críticas como ataques pessoais e tornam-se dependentes de relações doentias. O maior indicador de uma pessoa com auto-estima baixa é quando ela sente intensa necessidade de agradar, não consegue dizer não, busca aprovação e reconhecimento por tudo o que faz, sempre querendo se sentir importante para as pessoas, já que, na verdade, não se sente importante para si mesma.

Desenvolver a nossa auto-estima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedoras da felicidade e, portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo. Podemos atingir nossas metas e sentirmo-nos realizadas. Quanto maior a nossa auto-estima, mais bem equipados estaremos para lidar com as adversidades da vida e mais relacionamento saudáveis iremos ter. Poderemos ser mais criativas em nosso trabalho, o que certamente aumentaria a probabilidade de obtermos o sucesso.

Algumas dicas para elevar sua auto-estima:

- Identifique suas qualidades, não só seus defeitos;
- Cuide de si, pratique atividades físicas;
- Foque os aspectos positivos dos acontecimentos do dia a dia e encare as frustrações como aprendizado;
- Não fique se lamentando por coisas do passado. O que passou não tem como ser modificado;
- Ache um meio termo. Quem tem baixa auto-estima encara os fatos como tudo ou nada; - Se o que você planejou não saiu como esperado, não se sinta fracassada. Não é porque algo deu errado que você é um fracasso total. determinada coisa não saiu como;
- Faça algo todo dia que a deixe feliz. Pode ser conversar com alguém, ler um livro, descansar. O importante é achar uma tarefa que a faça relaxar e sentir-se bem.

* Material elaborado pela Psicóloga Fernanda Callegari Beltrame em parceria com a CliniCASSI Santa Maria.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Você está satisfeito com sua carreira? - O autoconhecimento pode ajudar na hora de escolher a futura profissão sem cometer erros -

A escolha da profissão é sempre o primeiro passo para a realização profissional. Porém, nem sempre sabemos que área desejamos seguir e, algumas vezes, escolhemos uma carreira que pode se tornar uma grande frustração.
Algumas pesquisas comprovam que mais de 50% dos brasileiros não está satisfeito com o que faz, e os motivos variam de descontentamento salarial até falta de afinidade com a área escolhida. Um dos erros mais cometidos é a falta de informação sobre a profissão que se deseja seguir. Escolher uma carreira só porque se sabe de seu retorno financeiro pode levar a grandes frustrações, já que, nesses casos, não há força de vontade de trabalhar em algo que não se gosta.
O autoconhecimento pode ajudar muito na hora de escolher qual área seguir. Segundo a psicóloga Fernanda Beltrame, a pessoa que conhece a si mesma, suas habilidades, o que gosta de fazer, que tarefas desempenha bem e que tarefas não possui habilidades para desempenhar, ela já começa a pensar em algumas carreiras e a descartar outras. “Quem sente facilidade para lidar com números, por exemplo, pode ir para a área das exatas e obter sucesso. Já quem tem dificuldade pode sofrer muito ao escolher uma carreira da mesma área”, explica Fernanda.
Esta autoanálise pode ser feita não só antes, mas depois de escolher a profissão. É difícil descobrir, depois de um longo período de trabalho, que aquilo que se lutou e se conquistou não é exatamente o que se desejava. Porém, essa reflexão deve ser feita no sentido de descobrir, entre outros fatores, porque o indivíduo mudou de opinião e por que escolheu seguir tal carreira. Todos esses questionamentos ajudam a descobrir o que está errado e qual a melhor maneira de solucionar ou até mesmo de contornar a situação.
Segundo Fernanda, a questão financeira pesa muito na hora de decidir se haverá ou não uma troca de profissão. “Como a pessoa vai largar o trabalho e partir do zero para uma nova carreira, essa questão deve ser muito bem organizada. Se há uma maneira de manter o sustento enquanto se está em busca de uma nova carreira, deve-se seguir em frente mas, se não há como se sustentar, o ideal é que se procure uma solução para resolver os problemas financeiros. O que não se pode é continuar trabalhando em uma coisa aonde você não vai se sentir realizado”, comenta a psicóloga.
Após o indivíduo tomar a decisão de que realmente deseja mudar de profissão, é fundamental que ele tenha um propósito, um motivo para agir. Estar pronto para agarrar as oportunidades, superar os obstáculos e aprender com eles para seguir em frente é essencial. Também é importante trabalhar em busca de resultados e bem-estar pessoal, já que, quando não há prazer nem identificação com o que se faz, é comum ocorrer irritação e desgaste emocional: “Quem faz o que gosta, trabalha mais e melhor. Quem não está na carreira certa com certeza não é feliz no trabalho, e sua produção pode estar comprometida. Por isso, é importante que se busque a felicidade profissional independente da questão financeira. Fundamental é gostar do que se faz”, finaliza Fernanda.

Veja as dicas que podem ajudar na hora de escolher uma profissão:

1- Relacione todas as profissões que existem na sua família.
2- Relacione as profissões que você um dia pensou em escolher. Analise quais foram os interesses que levaram você a escolher cada uma delas.
3- Escreva quais são os fatores que mais pesam na sua escolha profissional: influência da família, mercado de trabalho, questão financeira, etc.
4- Escreva, de um lado, as atividades que lhe dão prazer e, do outro, as que você tem que fazer por obrigação.
5- Relacione as características pessoais eu você tem que ajudam no seu relacionamento interpessoal como disposição, bom-humor, etc.
6- Escreva as habilidades que você tem facilidade e gosta de executar: inglês, cálculo, computação, etc.
7- Converse com profissionais da área que você escolheu seguir para conhecer a rotina de trabalho da profissão.
8- Planeje metas do que você deseja alcançar com a sua profissão.
9- Relacione quais as profissões que você admira.
10- Depois de fazer toda essa lista, você terá se conhecido um pouco melhor e poderá refletir numa escolha de carreira com um pouco mais de segurança. Não fique na dúvida. Procure conhecer mais cada profissão que lhe desperte interesse e lembre-se que, às vezes, é melhor não perder tempo com coisas com as quais você não tem aptidão.