segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Tricotilomania

A tricotilomania é um distúrbio psicológico caracterizado pelo ato de arrancar os cabelos, resultando em falhas e lesões na área afetada. Este ritual de arrancar os cabelos pode ocorrer em diferentes momentos ao longo do dia, como a hora de dormir, ao assistir televisão, falar ao telefone ou ler. As situações mais identificadas como propícias são aquelas percebidas como estressoras e situações de distração e monotonia ou quando o paciente está sozinho num sentimento de ansiedade e aborrecimento. Quando a pessoa se encontra nesta situação, a tensão se eleva e vem um desejo incontrolável de arrancar o cabelo. Logo após ela arrancar, há uma sensação de alívio da tensão, seguida pela culpa de ter arrancado o fio.
Em geral, o paciente procura fios com características especiais para arrancar: finos, grossos, lisos, encaracolados, duros, brancos. A seguir, examina os fios arrancados, enrola-o nos dedos, alisa, brinca, aperta a raiz, senti a textura, passa em volta da boca e morder a raiz, chegando a engolir os fios. A ingestão dos cabelos arrancados é denominada de tricofagia e pode causar obstrução gástrica ou intestinal, anemia, dor abdominal, náusea, vômito, anorexia e mau-hálito. Pode também haver irritação e feridas na pele.
Em geral, os pacientes acometidos desta patologia tendem a esconder as falhas surgidas onde os fios foram arrancados e evitam contato social em que precisam se expor. Esportes como natação ou atividades realizadas em local com ventilação também são evitadas, apresentando baixa auto-estima, culpa e vergonha por sua condição.
A tricotilomania também ocorre em crianças, podendo ser passageira. Tanto em crianças quanto em adultos, é importante observar a freqüência e o tempo que o comportamento permanece, bem como o grau de perda capilar. O acompanhamento de um profissional é a forma mais adequada de assegurar o diagnóstico correto e fazer a intervenção necessária.

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