sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Algumas dicas para se dar bem em uma entrevista de seleção


O fim do ano está chegando e as contratações para trabalhos temporários tendem a aumentar. Muitas pessoas aproveitam esta época para procurar a primeira oportunidade, enquanto outras optam pela troca de emprego.
Na maioria das empresas, para que o candidato seja contratado, ele precisa passar por um processo seletivo que pode incluir: dinâmica de grupo, avaliação psicológica e entrevista individual.

Muitas pessoas participam de um processo seletivo e não estão preparadas para o momento, não possuem um autoconhecimento e não sabem o que responder e como se portar. Então, preste atenção em algumas dicas!

-  É importante ser claro, objetivo, não dar respostas vagas e sempre que requisitado citar exemplos.

- Importantíssimo não mentir e não falar mal da empresa anterior ou chefe.

- Se estiver trabalhando em algum lugar seja sincero sobre sua situação. Muitas empresas requerem início imediato.

- Procure ser sempre pontual. Caso haja um atraso, procure justificar sendo sempre o mais sincero possível.

- Desligue celular, guarde os fone de ouvido.

- Olhe nos olhos do entrevistador e das demais pessoas que estarão fazendo a seleção com você.

- Se você não entendeu algum ponto, peça para repetir, exponha sua dúvida e não tenha vergonha.

- Evite respostas clichês (como por exemplo sou pontual, responsável...) Isso a maioria das pessoas falam, tente ser o diferencial.

- Cuide a vestimenta, a roupa deve estar de acordo com a função que você irá desenvolver. Tome cuidado com maquiagens gritantes, barba por fazer e perfumes fortes.

- Em lugares onde o currículo é entregue pessoalmente, cuide a sua apresentação e a apresentação do currículo. Este deve ser limpo, claro, enxuto e que destaque as suas principais habilidades e experiências. Não há necessidade de colocar número de RG, CPF... Seria interessante disponibilizar algum outro número de telefone para recados (de um parente, um vizinho), pois muitas vezes o selecionador entra em contato com o candidato e não consegue localizá-lo.

E lembre-se: o seu bom desempenho no trabalho pode fazer com que você seja efetivado.
 
* Texto elaborado pela Psicóloga Fernanda Callegari Beltrame

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A proximidade do final de ano e a velha arte da procrastinação


Quando você percebe o ano já está muito próximo do final. Setembro já passou, já é primavera, outubro no finalzinho... Rapidamente nos vem em mente o clássico “Então é Natal e o que você fez...” É aqui que o problema começa. Nos deparamos com o fim do ano e com aquela listinha de metas para 2013, que ficou bem dobradinha, guardada (pra não dizer esquecida) em algum lugar, onde nada (ou quase nada) foi cumprido. Ah, a velha arte da procrastinação! Mas nem tudo está perdido. Estamos próximos do fim do ano e não exatamente nele. Temos dois longos meses pela frente ou 60 dias, como você preferir e ainda dá tempo de recuperar o tempo perdido, pelo menos uma parte. Veja a seguir algumas dicas:

- O primeiro passo é você manter a calma. Liste as tarefas que você julgar preciso concluir ainda este ano. Ordene-as conforme a urgência na execução. Coloque tudo em uma lista que fique visível para você. A cada tarefa concluída, risque-a da lista.

            - Para que essas tarefas saiam do papel e sejam executadas você precisa conhecer a si mesmo e sua relação com o tempo. Você precisa descobrir se você é do tipo de pessoa que precisa de cobrança para realização das tarefas ou se você consegue cumprir metas trabalhando livremente. Se você gosta de separar as tarefas por horários ou isso pode atrapalhar caso você não consiga cumprir o planejado e acaba gerando uma angústia, ou quem sabe seria melhor você separar por dias suas metas.

            - Lembre-se de sempre deixar algum tempo vago, pois pode haver imprevistos no meio do caminho e você precisará lidar com eles. Pode ser que você não consiga cumprir toda lista, mas ao menos você fez uma parte e fazer uma parte já é um grande passo para quem ficou dez meses bagunçado na sua própria inércia.

            E que no próximo ano você procrastine um pouco menos.
 
* Texto elaborado pela psicóloga Fernanda Callegari Beltrame

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Transtorno do Pânico

O Transtorno do Pânico (TP) pode ser considerado um dos problemas mais freqüentes na área dos transtornos de ansiedade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as pessoas que têm o transtorno do pânico, em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 à 40 anos), que encontram-se no auge de sua vida profissional. Quem sofre deste mal costuma apresentar um histórico de vida em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas a nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, auto-expectativas extremamente altas, tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras. Esta forma de ser, acaba por predispor essas pessoas a situações de stress acentuado, o que pode levar ao aumento intenso de determinadas regiões do cérebro, desencadeando um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do transtorno.
Taquicardia, falta de ar, tremores, sudorese, tonteiras, vertigens, pernas bambas, náusea, formigamentos, ideações de morte por sufocamento ou ataque cardíaco, perda de controle e desmaio são alguns dos sintomas presentes nas pessoas acometidas pelo TP. A vida profissional, pessoal e afetiva destas pessoas pode ser gravemente afetada – Não conseguem mais sair na rua sozinhas e algumas vezes nem acompanhadas. Infelizmente, há um grande número de pessoas com este transtorno que, devido a falta de informação e de acesso a tratamentos adequados, buscam alívio no álcool e nas drogas.
O diagnóstico do TP possui critérios bem definidos, sendo assim, não podemos classificar o aparecimento de qualquer sintoma como sendo o transtorno. Na dúvida, procure um profissional capacitado a fazer tal diagnóstico.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Equilibre sua vida profissional com sua vida pessoal

Quem nunca chegou em casa e descontou todos os problemas da empresa em cima da família? Ou então trabalhou frustrado por ter brigado com a(o) esposa(o) e não ter resolvido a situação? Pois é, separar trabalho de vida pessoal nem sempre é uma tarefa fácil.
É devidamente comprovado que pessoas que não conseguem equilibrar essas duas “vidas” são altamente improdutivas, infelizes e quase sempre mal-humoradas. Como não conseguem manter o foco nas tarefas que estão realizando, acabam se frustrando por não conseguirem executá-las de maneira correta.
Segundo a psicóloga Fernanda Callegari Beltrame, problemas pessoais como brigas com cônjuges e filhos, questões financeiras, doenças e morte na família causam um grande desequilíbrio emocional. Da mesma forma, problemas na empresa também podem prejudicar a vida familiar. “Uma boa maneira de separar a vida profissional da pessoal seria não levar trabalho para casa. Além disso, deve-se evitar, sempre que possível, atender ligações pessoais no horário de trabalho. Fundamental é tentar separar as coisas: o que acontece em casa fica dentro de casa e vice-versa”, explica Fernanda.
Ao invés de guardar toda angústia para si, o ideal é dividir o que está acontecendo com outras pessoas. Primeiramente, comunique ao seu chefe o que está ocorrendo, pois é possível que ele esteja interpretando a desconcentração do funcionário como um desleixo com o trabalho. Se necessário, busque ajuda profissional e,se o caso for grave, afaste-se do trabalho por algum tempo até resolver seus problemas. “Não se deve esconder o que sente, isolar-se, e nem se expor em demasia. Às vezes, conversar com algum colega próximo pode ajudar a aliviar suas preocupações”, aconselha a psicóloga.

Veja abaixo algumas dicas que podem resolver ou amenizar esses problemas:

- Esqueça os problemas pessoais, pelo menos das 8h às 18h:
Ao chegar no local de trabalho, deixe seus problemas da porta para fora e só os pegue de volta na hora em que for embora. O mesmo deve acontecer com os problemas do trabalho ao chegar em casa. Sabemos que essa tarefa não é tão simples assim, por isso é necessário respeitar nossos limites e estabelecer alguns critérios para driblar as dificuldades.

- Treine sua disciplina:
Estabeleça uma rotina em seu dia na qual você possa se dedicar também à sua casa e aos seus familiares. Isso diminui a culpa por passar tanto tempo distante, e também lhe proporciona condições para se concentrar o máximo possível em suas tarefas profissionais durante o expediente.

- Evite os excessos:
Não adianta priorizar demais o trabalho se você não tiver em casa uma estrutura que lhe dê condições para isso. Caso contrário, um dia os problemas pessoais começarão a surgir e, sem que você se dê conta, afetarão sua vida profissional, podendo até levá-lo a desistir de algumas metas.

- Não valorize tanto os problemas:
Todo mundo tem problemas, seja em casa ou no trabalho. Por isso, não se deve valorizá-los demais. Ninguém na empresa tem obrigação de agüentar sua cara amarrada porque algo saiu errado em casa, e nem seus filhos merecem receber uma extrema dose de mau humor por causa dos seus problemas no trabalho. Portanto, evite se cobrar demais e tente relaxar um pouco em seus momentos de descanso.

- Estrutura afetiva é fundamental:
Para conciliar tantas cobranças por todos os lado, é importante manter-se emocionalmente forte. Uma fonte de energia é, sem dúvida, o apoio da família e de amigos para superar as dificuldades do dia a dia. Você pode levar seus problemas para casa, sim, mas na busca de ajuda e de aconselhamento, e não de descontar sua tensão em alguém.

- Compreenda os problemas de seus funcionários:
Como líder de uma equipe, é preciso ter em mente que se está lidando com pessoas e, portanto, com emoções. É claro que isso não significa tolerar tudo, engolir os erros, principalmente os que podem prejudicar a empresa. Porém, tenha consciência de que é importante para a empresa que seus integrantes tenham estabilidade emocional suficiente para cumprir suas tarefas. Lembre-se: vida pessoal e profissional, por mais que devamos separar, completam-se.


quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Os limites no ‘adolescer’

A adolescência é um período de intensas transformações, sejam elas a nível psicológico, corporal ou social. É na adolescência que o poder dos pais sobre os filhos começa a diminuir e há uma predisposição dos jovens em infringir regras, pois esta fase consiste em um misto de descobertas, de experimentações e sentimentos de liberdade. A liberdade do adolescente deve estar associada à responsabilidade que este consegue exercer. O jovem precisa ver que seus atos têm conseqüências e que ele tem que responder por elas. Se o adolescente for sempre poupado ele vai perceber que seus pais são capazes de remediar os prejuízos de suas escolhas e agirá sempre de acordo com seus desejos imediatos. Para impor limites, os pais precisam lidar com a própria dificuldade em tolerar a frustração dos filhos. Muitas vezes os pais acreditam que se os filhos ficam frustrados é porque eles cometeram algum erro, mas na verdade o ato de se frustrar faz parte do desenvolvimento saudável do ser humano. O adolescente precisa ouvir o não e precisa saber que ele tem limites a respeitar. Os adultos quando dizem o não, mesmo que não consigam convencer o jovem, devem manter-se nesta posição, pois se os pais tentam impor limites e não tem firmeza para sustentá-los dificilmente conseguirão obter o respeito e serem levados a sério pelo adolescente. Para impor limites ao adolescente o melhor a ser feito é os pais ficarem por perto, se tornarem próximos do filho, procurando conhecer o mundo em que este adolescente está inserido. O castigo, muitas vezes aplicado, não deve ser visto como uma penitência ou uma vingança, mas como uma possibilidade de reparação e de consertar o erro cometido. Se por exemplo, o adolescente não vai bem na escola, não se deve punir ele o proibindo de assistir televisão, de usar o computador ou de sair. Os pais devem investigar o porquê da nota baixa, tendo um conversa franca com o adolescente e em conjunto acharem uma resolutiva para o problema.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Cinema: Uma motivação para os estudos

Para alcançar a tão sonhada aprovação em um concurso público, o candidato tem que ter muita disciplina para estudar e persistência, pois geralmente não é no primeiro concurso e nem no segundo que se passa. Muitas vezes dá aquela vontade de desistir. Nesse momento complicado, um bom filme pode ajudar a superar os obstáculos.
Foi pensando em unir a sétima arte com a motivação para estudar que especialistas e concursos elaboraram uma lista de filmes para inspirar os candidatos a se manter com foco nos estudos até conseguir a vaga.
Segundo a psicóloga Fernanda Callegari Beltrame, assistir a determinados filmes pode servir tanto como lazer quanto para motivação. “Às vezes o estudante está cansado e, ao ver o filme, ele se depara com histórias de quem batalhou muito por um sonho e conseguiu, ou de alguém que lutou e superou um obstáculo. Assim, o concurseiro acaba se identificando com a história e se motivando, pois, se o personagem conseguiu ter êxito, ele também pode fazê-lo, e isso deixa o desânimo de lado”, explica Fernanda.
Para chegar aos 14 títulos os especialistas analisaram vários aspectos, já que cada filme tem uma contribuição e diferentes mensagens como: histórias de fé, superação, planejamento, organização, disciplina, resistência, brigar pelos sonhos, entre outros.
Para Fernanda, um dos filmes que merecem destaque nesse sentido é o vencedor do Oscar em 2009 “Quem quer ser um milionário”, que passa ao concursando a mensagem de que apenas estudar não basta, tem que se ter o momento de lazer, o momento de descanso, o momento de dormir e estar antenado ao que acontece no mundo. “muitas vezes não se acerta uma questão porque se estudou a matéria certa, mas se acerta pela experiência de vida adquirida”, afirma.
A jornalista Rosana Oliveira já assistiu a maioria dos filmes que constam na lista. Para ela, “A procura da felicidade” é um exemplo de que somente com persistência se consegue o sucesso. O fato de ser baseado em fatos reais torna a história mais emocionante. “Isso deve ser a inspiração para todo mundo que tem um sonho, que quer algo de verdade. Não se pode ficar parado, tem que correr atrás dos objetivos” afirma Rosana, que recentemente passou em uma seleção para trabalhar em uma empresa de transportes aéreos.
A advogada e professora de um curso preparatório local, Taís Cristina Flores, conta que existem sessões estratégicas no curso onde leciona. “Algumas vezes assistimos o filme certo, no momento certo. A mensagem do filme parece ter sido feita especialmente para aquela situação que estamos vivendo. A idéia de superação, de persistência, acaba sendo aquele empurrãozinho de que a gente precisa, e o filme passa a complementar a preparação que é feita em sala de aula”, conta Taís.
A concurseira Sabrina Tessaro encara alguns filmes da lista como uma fonte de motivação para o candidato de concursos públicos, pois segundo ela, existe identificação dos estudantes com os personagens. “Identificamo-nos com determinadas situações vividas pelos personagens dos filmes e reportamos tais situações ficcionais para nossa própria experiência pessoal, extraindo as mesmas lições que auxiliam na organização e no planejamento das estratégias de estudo”, explica.
Sabrina, que é graduada em letras, professora de inglês e concurseira, também destaca a importância do cinema como forma de entretenimento. “Serve tanto para aliviar as tensões geradas pela cobrança de um resultado exitoso nos concursos, quanto para absorver as mensagens de estímulo e conseguirmos dar continuidade a nossa caminhada rumo à aprovação”.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ser terapeuta...

“Ser terapeuta pode significar muitas coisas. Todas elas, de alguma forma, expressam a idéia de gerar alguma mudança, algum movimento, no sentido de melhorar pessoas em sofrimento. Muitas teorias buscam compreender a questão da mudança, o que é fundamental acontecer para que haja movimento, para que a terapia aconteça. O terapeuta tem de dizer ou fazer algo que contenha uma diferença. Trata-se de uma diferença sutil, de um toque criativo que acrescente esperança e conduza à mudança. Nisto se diferenciam os terapeutas, entre os verdadeiramente talentosos, que acrescentam algo realmente novo e os que repetem fórmulas, burocraticamente. Não importa tanto a teoria que utilizam como referência para suas intervenções. Cada vez mais, em nosso tempo, os terapeutas são informados por uma mescla de diversas teorias, variados enfoques, que cada qual organiza a seu modo, de acordo com sua personalidade, seu jeito de ser terapeuta. Em suma, a criatividade, a generosidade e o amor são inerentes à função do terapeuta.”
Frente a este trecho escrito por Luiz Carlos Prado, proponho uma reflexão, a nós psicólogos, acerca da nossa profissão. Ninguém procura um psicólogo para dizer que está muito bem, que está feliz. As pessoas nos procuram por necessidade, quando estão com algum problema, quando algo em suas vidas não anda bem, quando estão em sofrimento psíquico. Constantemente somos depositários de segredos, angústias, medos, sonhos, desejos... Então... Que tipo de terapeutas estamos sendo? Que diferença estamos fazendo na vida de nossos clientes? Com que grau de seriedade, ética e comprometimento estamos encarando nosso trabalho? Será que estamos preparados para atender determinado caso ou seria melhor encaminharmos a algum colega? Será que estamos cobrando um preço justo e não estamos prostituindo e denegrindo a imagem da nossa profissão? E nós, será que estamos cuidando da nossa saúde mental para que possamos cuidar da saúde mental do outro?
Que neste dia 27 de agosto possamos parar e refletir sobre o nosso “ser terapeuta”, independente da linha que escolhemos seguir, independente da nossa área de atuação, a fim de percebermos nossos erros e acertos. Que a mudança comece por nós.
Parabéns aos colegas que “vestem a camiseta” e encaram esta profissão com ética, respeito e comprometimento.

Fernanda Callegari Beltrame – Psicóloga - CRP 07/16661