sábado, 28 de julho de 2012

Autoanálise para compreender as emoções e melhorar as atitudes

O que você pensa de si mesmo e sobre o que acontece na sua vida (cognitivo)? Como isto afeta o seu modo de agir (comportamental)? Esse é o foco do tratamento da psicoterapia cognitivo-comportamental. Neste tipo de terapia é examinada a interação entre os pensamentos, as crenças, os sentimentos e os comportamentos vivenciados pelo indivíduo, tanto consciente quanto insconscientemente. Desta forma baseia-se mais no momento presente, ao invés de focar tanto as causas no passado.
A psicóloga Fernanda Callegari Beltrame explica que os transtornos emocionais são decorrentes de um modo distorcido da pessoa enxergar os acontecimentos, o que influencia e afeta o seu comportamento. Os pensamentos conseguem modular as emoções e mantê-las fora do normal, independente de suas origens. Não é apenas a situação que determina o que as pessoas sentem, mas sim o modo como elas interpretam determinados eventos - explica a psicóloga que está se especializando em psicologia cognitivo-comportamental.
A psicóloga diz que nesta abordagem, ao longo do processo se desenvolve um carater educativo, em que o indivíduo aprende a ser o seu próprio terapeuta e acaba adquirindo liberdade e autonomia. Além disso, a terpaia cognitiva é focada nos problemas do indivíduo e no estabelecimento de metas específicas, que devem ser cumpridas para a obtenção de uma melhora em seu quadro.

Indicação:
A psicoterapia é recomendada para pessoas que possuem problemas como depressão, estresse, transtorno bipolar, fobias, problemas de casal e de família, pessoas que queiram aprender a lidar melhor com alguma situação difícil ou incômoda que tenha surgido na sua vida, como a descoberta de uma doença ou a morte de alguém querido. não há uma faixa etária específica para este tipo de tratamento.

A importância de pensar positivo:
A força do pensamento e da ação positiva é reconhecida pelos profissionais de diversas áreas como potencializadora da mente, atuantes na transformação pessoal. Pesquisas no campo da psicologia apontam que uma atitude otimista podem influenciar a resistência do organismo às doenças. A psicóloga Fernanda Callegari Beltrame adverte que o pessimista desenvolve crenças que prejudicam a si próprio, a saúde mental e física, diminuindo a sua produtividade. - Sem contar que pensamentos negativos atrapalham e obstruem qualquer tipo de progresso na vida, podendo gera inclusive problemas físicos como gastrite, pressão alta, estresse e até câncer - alerta a psicóloga.
A recomendação é ter pensamentos confiantes, seguros, construtivos e otimistas. Pois assim, a pessoa se torna mais agradável de conviver, podendo se socializar melhor e estará beneficiando a própria saúde.
A especialista esplica que quando há desarmonia entre mente e corpo, podem ocorrer alguma smanifestações de doenças psicossomáticas, que são processos em que a pessoa transfere para o organismo a carga emocional decorrente de alguma situação incômoda pela qual está passando.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Terceira idade: das limitações à qualidade de vida

O envelhecimento humano, assim como as demais etapas da vida é um processo de transformação do organismo que se reflete nas suas estruturas físicas, nas manifestações da cognição, bem como na percepção subjetiva dessas transformações. A preocupação com a qualidade de vida na velhice ganhou importância especificamente nos últimos 30 anos e isso se deu em função do crescimento do número de idosos juntamente ao aumento da longevidade.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a qualidade de vida pode ser definida como “a percepção do indivíduo da sua posição na vida, no contexto de sua cultura e dos sistemas de valores da sociedade em que vive em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações”.
Com o passar do tempo a pessoa idosa começa a perceber inúmeras diferenças físicas e psicológicas. A agilidade antes presente começa a ceder espaço a um cansaço, ao se olhar no espelho percebe que seus cabelos tornaram-se brancos, a pele um pouco enrugada, a memória pode não se manifestar tão boa como antigamente, dentre outras mudanças. O tempo livre já não é mais visto com bons olhos, muitas vezes se fazendo presente um sentimento de frustração e inutilidade. É comum nesta etapa da vida a manifestação de sintomas depressivos e da demência do tipo Alzheimer (DTA).
A depressão caracteriza-se principalmente por um estado de humor deprimido e melancólico. Freqüentemente é acompanhada de insônia, ansiedade e de tensão muscular, podendo ocorrer dores musculares (geralmente nas costas ou na nuca) acompanhadas de dores de cabeça. Ainda pode haver tremores nas mãos, palpitações e sudorese, o que a faz ser confundida com outras patologias. A inatividade, a solidão e as perdas de entes queridos estão entre as principais causas de depressão na terceira idade.
A DTA é o tipo mais comum de demência e é considerada uma doença neurodegenerativa, ou seja, advém de um processo degenerativo no sistema nervoso central. Ela acontece gradativamente e provoca alterações cognitivas (perda de memória) e motoras, acarretando em uma perda gradual da independência na realização de tarefas cotidianas. Os problemas de memória por sua vez, comprometem a capacidade de elaborar e recordar informações, podendo diminuir inclusive o vocabulário da pessoa acometida pela DTA. Com isso há sérios prejuízos, tanto social quanto ocupacional.
A psicoterapia, sem dúvida, é de grande valia para os idosos com quadros depressivos ou demenciais e seus familiares. Estes quadros, em especial a doença de Alzheimer trazem um grande sofrimento tanto para o paciente quanto para a sua família. Muitos acreditam, erroneamente, que o idoso não percebe os sintomas da doença. Ele percebe sim, especialmente no início da doença, onde se manifesta as primeiras perdas de memória. O idoso ao dar-se conta de que esqueceu alguns fatos se sente muito angustiado por não lembrar e de certa forma sabe que alguma coisa está errada. A terapia, neste sentido, vem a proporcionar um espaço onde ele possa falar dessa sua angústia, do que vem acontecendo e do seu medo em relação ao futuro. Deve ser realizado, também, um trabalho juntamente aos familiares, pois estes sofrem muitas vezes até mais do que o idoso frente a estes quadros. O profissional da psicologia pode ser um aliado na busca do bem-estar dos mesmos, pois através de uma escuta clínica das angústias, do sofrimento e da incerteza dos familiares perante ao estado de saúde dos idosos, ele pode ajudá-los a elaborar suas questões, a aceitar a situação e a buscar alternativas para minimizar o sofrimento do cliente e de todos envolvidos.
Algumas prevenções podem ser feitas no sentido de obter uma qualidade de vida mais saudável na terceira idade:
- O idoso deve ter momentos de lazer, bem como uma interação social, afim de que a mente possa manter-se sempre ativa e saudável. Uma forma bastante utilizada de interação social são os grupos de terceira idade.
- É importante que o idoso seja respeitado e possa desempenhar suas atividades normalmente, sempre levando em conta suas limitações.
- Compartilhar seus conhecimentos com as novas gerações é uma outra maneira de sentir-se ativo, assim o idoso tem a chance de passar aos outros o que sabe e manter-se integrado a sociedade.

A Psicoterapia Cognitivo-Comportamental

A psicoterapia Cognitivo Comportamental (também conhecida por TCC), surgiu nos Estados Unidos por volta da década de 1960 e vem sendo cada vez mais aprimorada e difundida em todo o mundo. Com grande eficácia no tratamento de estados de ansiedade e outros distúrbios psicológicos, exerce muitas vezes um modelo reeducativo sobre o paciente. O tratamento pode ou não estar associado a medicamentos (prescrito apenas por médicos), entretanto passa a ser a principal forma de terapia quando não há indicação para o uso deste ou quando o mesmo possa causar fortes efeitos colaterais ou exista uma impossibilidade clínica para o seu uso.
O trabalho proposto pela TCC está focado nas conexões entre o que uma pessoa pensa sobre si mesma ou sobre a situação – que é a parte cognitiva, e como isso vai afetar sua maneira de agir – que é a parte comportamental. Dentro desta abordagem é fundamental o paciente entender o modelo cognitivo, ou seja, entender que há uma interação entre os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos vivenciados. Nesta visão, os transtornos psicológicos são decorrentes de um modo distorcido ou disfuncional dos seres humanos enxergarem os acontecimentos, o que influencia o afeto e o comportamento. Os pensamentos conseguem modular as emoções e mantê-las disfuncionais, independente de suas origens. Não é apenas a situação que determina o que as pessoas sentem, mas sim o modo como elas interpretam determinados eventos. Se pegarmos o exemplo de uma pessoa deprimida, veremos que ela tem um modo de pensar negativo, que certamente afetará sua motivação e seu comportamento. A pessoa pode estar deprimida aliando dois fatores: uma perda pessoal, por exemplo e a predisposição genética para a depressão.
Esta abordagem concentra-se basicamente no que está acontecendo agora na vida do cliente ao invés de buscar causas no passado. Isso não quer dizer que o passado do indivíduo não vai interessar, claro que vai, porém o que acontece é que essa história não vai ser o foco principal do trabalho naquele momento. O objetivo é a identificação e a correção de padrões de pensamentos (crenças), tanto conscientes quanto inconscientes. Estas crenças podem ser funcionais ou disfuncionais – que é onde o terapeuta vai trabalhar, proporcionando ao cliente um melhor entendimento sobre si e indagando a validade ou equívoco de suas percepções.
Muitas vezes quando o cliente chega até um consultório psicológico, o motivo explicitado ao profissional, ou seja, a queixa inicial geralmente é o menos ansiogênico e o mais tolerável para o cliente ou responsável que o leva, nem sempre sendo o mais verdadeiro. Normalmente os motivos reais não são conhecidos ou se apresentam de maneira latente, vindo à tona com o decorrer das sessões e da relação de confiança estabelecida entre o cliente e terapeuta. O paciente quer ser ajudado e quer respostas e estas respostas não estão prontas, elas vão sendo construídas ao longo do processo terapêutico.
A TCC, ao longo do processo vai desenvolvendo um caráter educativo, onde o paciente aprende a ser o seu próprio terapeuta e vai adquirindo liberdade e autonomia. Para que isto aconteça, primeiramente o paciente deve ser esclarecido sobre a origem de seu transtorno e a relação existente entre seus pensamentos, emoções e comportamentos. Além do mais, a terapia cognitiva é focada nos problemas do cliente e no estabelecimento de metas específicas que devem ser cumpridas para a obtenção de uma melhora em seu quadro. É indicada tanto para pessoas que possuam um problema específico (depressão, stress, transtorno bipolar, fobias e outros quadros clínicos), problemas de casal e de família; como para pessoas que queiram aprender a lidar melhor com alguma situação difícil que tenha surgido ou incômoda de sua vida (a descoberta de alguma doença, por exemplo, a morte de alguém). Não há uma faixa etária específica para este tipo de tratamento. Crianças, adolescentes adultos e idosos, todos podem aderir a TCC e obter excelentes resultados.
Embora a abordagem cognitiva comportamental tenha uma resposta bem mais rápida se comparada as demais teorias, não há uma promessa de cura em um numero pré-determinado de encontros, que acontecem na maioria dos casos uma à duas vezes por semana. Normalmente o terapeuta não costuma limitar um numero de sessões - o tempo de tratamento vai depender da natureza e da quantidade de problemas existentes a serem trabalhados, bem como do empenho e da disponibilidade do cliente para o tratamento. Quando um paciente está prestes a receber alta, o intervalo entre as sessões devem ser aumentados, passando de uma vez por semana a quinzenais.

A psicoterapia Cognitivo-Comportamental

A psicoterapia Cognitivo Comportamental (também conhecida por TCC), surgiu nos Estados Unidos por volta da década de 1960 e vem sendo cada vez mais aprimorada e difundida em todo o mundo. Com grande eficácia no tratamento de estados de ansiedade e outros distúrbios psicológicos, exerce muitas vezes um modelo reeducativo sobre o paciente. O tratamento pode ou não estar associado a medicamentos (prescrito apenas por médicos), entretanto passa a ser a principal forma de terapia quando não há indicação para o uso deste ou quando o mesmo possa causar fortes efeitos colaterais ou exista uma impossibilidade clínica para o seu uso.
O trabalho proposto pela TCC está focado nas conexões entre o que uma pessoa pensa sobre si mesma ou sobre a situação – que é a parte cognitiva, e como isso vai afetar sua maneira de agir – que é a parte comportamental. Dentro desta abordagem é fundamental o paciente entender o modelo cognitivo, ou seja, entender que há uma interação entre os pensamentos, os sentimentos e os comportamentos vivenciados. Nesta visão, os transtornos psicológicos são decorrentes de um modo distorcido ou disfuncional dos seres humanos enxergarem os acontecimentos, o que influencia o afeto e o comportamento. Os pensamentos conseguem modular as emoções e mantê-las disfuncionais, independente de suas origens. Não é apenas a situação que determina o que as pessoas sentem, mas sim o modo como elas interpretam determinados eventos. Se pegarmos o exemplo de uma pessoa deprimida, veremos que ela tem um modo de pensar negativo, que certamente afetará sua motivação e seu comportamento. A pessoa pode estar deprimida aliando dois fatores: uma perda pessoal, por exemplo e a predisposição genética para a depressão.
Esta abordagem concentra-se basicamente no que está acontecendo agora na vida do cliente ao invés de buscar causas no passado. Isso não quer dizer que o passado do indivíduo não vai interessar, claro que vai, porém o que acontece é que essa história não vai ser o foco principal do trabalho naquele momento. O objetivo é a identificação e a correção de padrões de pensamentos (crenças), tanto conscientes quanto inconscientes. Estas crenças podem ser funcionais ou disfuncionais – que é onde o terapeuta vai trabalhar, proporcionando ao cliente um melhor entendimento sobre si e indagando a validade ou equívoco de suas percepções.
Muitas vezes quando o cliente chega até um consultório psicológico, o motivo explicitado ao profissional, ou seja, a queixa inicial geralmente é o menos ansiogênico e o mais tolerável para o cliente ou responsável que o leva, nem sempre sendo o mais verdadeiro. Normalmente os motivos reais não são conhecidos ou se apresentam de maneira latente, vindo à tona com o decorrer das sessões e da relação de confiança estabelecida entre o cliente e terapeuta. O paciente quer ser ajudado e quer respostas e estas respostas não estão prontas, elas vão sendo construídas ao longo do processo terapêutico.
A TCC, ao longo do processo vai desenvolvendo um caráter educativo, onde o paciente aprende a ser o seu próprio terapeuta e vai adquirindo liberdade e autonomia. Para que isto aconteça, primeiramente o paciente deve ser esclarecido sobre a origem de seu transtorno e a relação existente entre seus pensamentos, emoções e comportamentos. Além do mais, a terapia cognitiva é focada nos problemas do cliente e no estabelecimento de metas específicas que devem ser cumpridas para a obtenção de uma melhora em seu quadro. É indicada tanto para pessoas que possuam um problema específico (depressão, stress, transtorno bipolar, fobias e outros quadros clínicos), problemas de casal e de família; como para pessoas que queiram aprender a lidar melhor com alguma situação difícil que tenha surgido ou incômoda de sua vida (a descoberta de alguma doença, por exemplo, a morte de alguém). Não há uma faixa etária específica para este tipo de tratamento. Crianças, adolescentes adultos e idosos, todos podem aderir a TCC e obter excelentes resultados.
Embora a abordagem cognitiva comportamental tenha uma resposta bem mais rápida se comparada as demais teorias, não há uma promessa de cura em um numero pré-determinado de encontros, que acontecem na maioria dos casos uma à duas vezes por semana. Normalmente o terapeuta não costuma limitar um numero de sessões - o tempo de tratamento vai depender da natureza e da quantidade de problemas existentes a serem trabalhados, bem como do empenho e da disponibilidade do cliente para o tratamento. Quando um paciente está prestes a receber alta, o intervalo entre as sessões devem ser aumentados, passando de uma vez por semana a quinzenais.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Depressão de Inverno – Diversos aspectos da nossa vida estão diretamente ligados aos fenômenos naturais, como por exemplo, as estações do ano

As estações influenciam não apenas a agricultura ou a moda, mas também nosso estado de espírito. No inverno é comum as pessoas apresentarem alterações no apetite, humor e no sono. Algumas preferem as comidas com bastante carboidratos, outras sentem uma vontade maior de ficar mais tempo na cama, e também há aqueles que apresentam mudanças na sua motivação diária. Por sua vez, estas alterações não se manifestam da mesma forma e intensidade em todas as pessoas. Algumas apresentam alterações praticamente não percebíveis e conseguem conviver tranquilamente com estas nos seus dias. Porém, há outras pessoas que vivenciam tais mudanças de uma forma muito intensa, o que consequentemente atrapalha o bom andamento da sua rotina. Estas pessoas que sentem real prejuízo podem estar sofrendo do que chamamos de Depressão de Inverno.

O Transtorno Afetivo Sazonal ou Depressão de Inverno é uma forma de depressão, que, como o próprio nome já diz, ocorre durante o período do outono e inverno. Ela ocorre devido à diminuição da luz solar, o que torna as pessoas mais vulneráveis as trocas normais de humor. Acredita-se que a ausência da luz contribui para a diminuição de serotonina, um neurotransmissor que regula o humor, o apetite e o sono. Inversamente, há um aumento da melatonina, hormônio que é estimulado pela escuridão. É o excesso deste hormônio que nos faz sentir tanto sono neste período.

É importante estar atento as diferenças existentes entre o Transtorno Depressivo Maior (depressão) e a Depressão Sazonal. O Transtorno Depressivo Maior não precisa de uma época do ano para se manifestar e não desaparece com as mudanças de estação. Além do mais, provoca uma distorção na visão de mundo e na visão que a pessoa tem de si mesma, pois os aspectos negativos passam a ter maior importância que os positivos. Há uma queda na auto-estima, a pessoa pode sentir-se triste, sem esperanças e mostrar-se abatida.

Sintomas do Transtorno Afetivo Sazonal:

- Dormir mais horas no inverno e mesmo assim continuar cansado e com dificuldade de acordar pela manhã.

- Aumento do apetite e vontade de ingerir carboidratos e chocolates.

- Mudanças na energia e motivação

- Dificuldade de concentração, execução de tarefas rotineiras, fadiga e isolamento social.

Para quem sofre de Depressão Sazonal, é aconselhável aproveitar sempre que possível a luz do sol para andar ao ar livre, praticar exercícios físicos (o que faz liberar endorfina) e acima de tudo, manter o convívio social. Este último é muito importante, pois com o frio as pessoas costumam ficar mais em casa, o que pode gerar isolamento e solidão.




segunda-feira, 26 de março de 2012

Somatização – Você sofre desse problema?

Dor no peito, tontura, fadiga, dor nas costas, dor abdominal, dor de cabeça, dor de garganta e falta de ar. Quantas vezes você já sentiu alguma dor destas e ao procurar um médico e fazer exames descobriu que não tinha nada fisicamente? A isso dá-se o nome de somatização.

Somatização são manifestações orgânicas onde a pessoa transfere para o seu corpo uma carga emocional decorrente do problema que está vivendo. A conseqüência disso muitas vezes pode ser o surgimento de uma doença ou o agravamento de uma doença já existente. A pessoa, por não saber expressar suas emoções e externalizar seus conflitos de forma adequada, acaba por armazenar as tensões em seu corpo. Com isso, são desencadeados alguns processos no organismo que com o tempo, geram o estresse e o aparecimento de doenças. É bastante comum confundir a somatização com o transtorno de hipocondria. A diferença é que na hipocondria, a pessoa é preocupada em excesso com a própria morte. O medo de ficar doente é tão grande que muitas vezes ela interpreta um mal-estar passageiro com um sinal de doença grave.

As doenças psicossomáticas surgem em momentos de muita ansiedade, estresse e frustração, sendo bastante comuns em pessoas que não costumam extravasar seus sentimentos, guardando-os para si como dor e mágoa. Assim, a tensão causada por eles se acumula no organismo e uma hora “explode”, causando manifestações do organismo.

Quem sofre com a somatização são pessoas que tem dificuldade de expressar suas emoções de forma adequada ou que as reprimem. São freqüentes os casos em que a doença dura a vida inteira. Doentes psicossomáticos tem muita dificuldade em admitir que tem um problema de fundo emocional, justamente por conta dos sintomas físicos que o acompanham. Seu raciocínio os faz pensar que se tem sintomas físicos certamente é uma doença e não um problema de fundo emocional. Isso os leva a ter uma resistência muito grande para procurar tratamento psicológico, mesmo com a insistência dos médicos que os acompanham. Mesmo quando vão ao psicólogo esses pacientes o fazem de má vontade e não conseguem falar de sua vida íntima ou de seus sentimentos, o que leva ao abandono do tratamento.

- De que forma a Terapia Cognitivo-Comportamental pode ajudar? -

A terapia cognitivo comportamental tem muito a oferecer às pessoas acometidas pelo transtorno somatoforme. O objetivo do tratamento é ensinar o paciente a lidar com os sintomas físicos e entender que eles tem uma origem psíquica. Se não houver tratamento psicológico e mudanças na vida do paciente, a somatização pode se arrastar pela vida inteira. Um grande passo é aprender a lidar de forma positiva com emoções e conflitos, que são os fatores que geram as doenças psicossomáticas. Concomitante à terapia, o apoio de familiares e amigos é muito importante para a auto-estima de um doente psicossomático. Em primeiro lugar é preciso entender que a pessoa sofre muito com os sintomas físicos e não cobrar que o que a pessoa sente é fruto da sua imaginação.


quarta-feira, 14 de março de 2012

Mulher: Sensibilidade e atitude!

Mesmo com toda independência conquistada, ser mulher nos dias de hoje não é tarefa fácil. Muitas encaram, diariamente, jornadas duplas e até triplas que envolvem cuidados com a casa, filhos, marido, trabalho e até estudos. Com a agitação da vida moderna e o aumento dos afazeres, muitas vezes a mulher não tem tempo de olhar para si e de cuidar-se. Agora pare e pense: Qual foi a última vez que você pensou primeiro em você? Como você está se sentindo consigo mesmo? Como está sua auto-estima? E a sua saúde?

A saúde feminina encontra-se diretamente ligada com a sua auto-estima. A auto-estima não é coisa que surge de repente. Por mais que não nos demos por conta, ela vem sendo formada desde a nossa infância, a partir da visão que temos de como somos tratados pelo outro. Por exemplo, uma criança que geralmente não tem o reconhecimento dos pais pode crescer com um sentimento de menos valia e, ao longo de sua vida, formar uma crença disfuncional de que ela não é bem vista pelos outros.

A auto-estima apresenta dois componentes fundamentais: o sentimento de competência pessoal e o sentimento de valor pessoal. Em outras palavras, a auto-estima é a soma da autoconfiança com o auto-respeito. Ela reflete o julgamento implícito da nossa capacidade de lidar com os desafios da vida (entender e dominar os problemas) e o direito de ser feliz (respeitar e defender os próprios interesses e necessidades).

Quando a auto-estima está baixa a mulher se sente insegura, com dúvidas, incerta do que realmente é, com um sentimento vago de não ser capaz de fazer nada. Acredita não ser capaz de ter alguém que a ame, de fazer aquilo que quer, de cuidar de si, o que, por sua vez, vem a desenvolver um forte sentimento de insegurança. Esse sentimento a faz desistir de tudo que começa, sempre achando que não vai conseguir. Frequentemente culpam os outros pelos próprios erros, encaram todas as críticas como ataques pessoais e tornam-se dependentes de relações doentias. O maior indicador de uma pessoa com auto-estima baixa é quando ela sente intensa necessidade de agradar, não consegue dizer não, busca aprovação e reconhecimento por tudo o que faz, sempre querendo se sentir importante para as pessoas, já que, na verdade, não se sente importante para si mesma.

Desenvolver a nossa auto-estima é desenvolver a convicção de que somos capazes de viver e somos merecedoras da felicidade e, portanto, capazes de enfrentar a vida com mais confiança, boa vontade e otimismo. Podemos atingir nossas metas e sentirmo-nos realizadas. Quanto maior a nossa auto-estima, mais bem equipados estaremos para lidar com as adversidades da vida e mais relacionamento saudáveis iremos ter. Poderemos ser mais criativas em nosso trabalho, o que certamente aumentaria a probabilidade de obtermos o sucesso.

Algumas dicas para elevar sua auto-estima:

- Identifique suas qualidades, não só seus defeitos;
- Cuide de si, pratique atividades físicas;
- Foque os aspectos positivos dos acontecimentos do dia a dia e encare as frustrações como aprendizado;
- Não fique se lamentando por coisas do passado. O que passou não tem como ser modificado;
- Ache um meio termo. Quem tem baixa auto-estima encara os fatos como tudo ou nada; - Se o que você planejou não saiu como esperado, não se sinta fracassada. Não é porque algo deu errado que você é um fracasso total. determinada coisa não saiu como;
- Faça algo todo dia que a deixe feliz. Pode ser conversar com alguém, ler um livro, descansar. O importante é achar uma tarefa que a faça relaxar e sentir-se bem.

* Material elaborado pela Psicóloga Fernanda Callegari Beltrame em parceria com a CliniCASSI Santa Maria.