O Transtorno do Pânico (TP) pode ser considerado um dos problemas mais freqüentes na área dos transtornos de ansiedade. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), as pessoas que têm o transtorno do pânico, em sua maioria, são pessoas jovens (faixa etária de 21 à 40 anos), que encontram-se no auge de sua vida profissional. Quem sofre deste mal costuma apresentar um histórico de vida em comum: geralmente são pessoas extremamente produtivas a nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, auto-expectativas extremamente altas, tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras. Esta forma de ser, acaba por predispor essas pessoas a situações de stress acentuado, o que pode levar ao aumento intenso de determinadas regiões do cérebro, desencadeando um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do transtorno.
Taquicardia, falta de ar, tremores, sudorese, tonteiras, vertigens, pernas bambas, náusea, formigamentos, ideações de morte por sufocamento ou ataque cardíaco, perda de controle e desmaio são alguns dos sintomas presentes nas pessoas acometidas pelo TP. A vida profissional, pessoal e afetiva destas pessoas pode ser gravemente afetada – Não conseguem mais sair na rua sozinhas e algumas vezes nem acompanhadas. Infelizmente, há um grande número de pessoas com este transtorno que, devido a falta de informação e de acesso a tratamentos adequados, buscam alívio no álcool e nas drogas.
O diagnóstico do TP possui critérios bem definidos, sendo assim, não podemos classificar o aparecimento de qualquer sintoma como sendo o transtorno. Na dúvida, procure um profissional capacitado a fazer tal diagnóstico.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Equilibre sua vida profissional com sua vida pessoal
Quem nunca chegou em casa e descontou todos os problemas da empresa em cima da família? Ou então trabalhou frustrado por ter brigado com a(o) esposa(o) e não ter resolvido a situação? Pois é, separar trabalho de vida pessoal nem sempre é uma tarefa fácil.
É devidamente comprovado que pessoas que não conseguem equilibrar essas duas “vidas” são altamente improdutivas, infelizes e quase sempre mal-humoradas. Como não conseguem manter o foco nas tarefas que estão realizando, acabam se frustrando por não conseguirem executá-las de maneira correta.
Segundo a psicóloga Fernanda Callegari Beltrame, problemas pessoais como brigas com cônjuges e filhos, questões financeiras, doenças e morte na família causam um grande desequilíbrio emocional. Da mesma forma, problemas na empresa também podem prejudicar a vida familiar. “Uma boa maneira de separar a vida profissional da pessoal seria não levar trabalho para casa. Além disso, deve-se evitar, sempre que possível, atender ligações pessoais no horário de trabalho. Fundamental é tentar separar as coisas: o que acontece em casa fica dentro de casa e vice-versa”, explica Fernanda.
Ao invés de guardar toda angústia para si, o ideal é dividir o que está acontecendo com outras pessoas. Primeiramente, comunique ao seu chefe o que está ocorrendo, pois é possível que ele esteja interpretando a desconcentração do funcionário como um desleixo com o trabalho. Se necessário, busque ajuda profissional e,se o caso for grave, afaste-se do trabalho por algum tempo até resolver seus problemas. “Não se deve esconder o que sente, isolar-se, e nem se expor em demasia. Às vezes, conversar com algum colega próximo pode ajudar a aliviar suas preocupações”, aconselha a psicóloga.
Veja abaixo algumas dicas que podem resolver ou amenizar esses problemas:
- Esqueça os problemas pessoais, pelo menos das 8h às 18h:
Ao chegar no local de trabalho, deixe seus problemas da porta para fora e só os pegue de volta na hora em que for embora. O mesmo deve acontecer com os problemas do trabalho ao chegar em casa. Sabemos que essa tarefa não é tão simples assim, por isso é necessário respeitar nossos limites e estabelecer alguns critérios para driblar as dificuldades.
- Treine sua disciplina:
Estabeleça uma rotina em seu dia na qual você possa se dedicar também à sua casa e aos seus familiares. Isso diminui a culpa por passar tanto tempo distante, e também lhe proporciona condições para se concentrar o máximo possível em suas tarefas profissionais durante o expediente.
- Evite os excessos:
Não adianta priorizar demais o trabalho se você não tiver em casa uma estrutura que lhe dê condições para isso. Caso contrário, um dia os problemas pessoais começarão a surgir e, sem que você se dê conta, afetarão sua vida profissional, podendo até levá-lo a desistir de algumas metas.
- Não valorize tanto os problemas:
Todo mundo tem problemas, seja em casa ou no trabalho. Por isso, não se deve valorizá-los demais. Ninguém na empresa tem obrigação de agüentar sua cara amarrada porque algo saiu errado em casa, e nem seus filhos merecem receber uma extrema dose de mau humor por causa dos seus problemas no trabalho. Portanto, evite se cobrar demais e tente relaxar um pouco em seus momentos de descanso.
- Estrutura afetiva é fundamental:
Para conciliar tantas cobranças por todos os lado, é importante manter-se emocionalmente forte. Uma fonte de energia é, sem dúvida, o apoio da família e de amigos para superar as dificuldades do dia a dia. Você pode levar seus problemas para casa, sim, mas na busca de ajuda e de aconselhamento, e não de descontar sua tensão em alguém.
- Compreenda os problemas de seus funcionários:
Como líder de uma equipe, é preciso ter em mente que se está lidando com pessoas e, portanto, com emoções. É claro que isso não significa tolerar tudo, engolir os erros, principalmente os que podem prejudicar a empresa. Porém, tenha consciência de que é importante para a empresa que seus integrantes tenham estabilidade emocional suficiente para cumprir suas tarefas. Lembre-se: vida pessoal e profissional, por mais que devamos separar, completam-se.
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Os limites no ‘adolescer’
A adolescência é um período de intensas transformações, sejam elas a nível psicológico, corporal ou social. É na adolescência que o poder dos pais sobre os filhos começa a diminuir e há uma predisposição dos jovens em infringir regras, pois esta fase consiste em um misto de descobertas, de experimentações e sentimentos de liberdade. A liberdade do adolescente deve estar associada à responsabilidade que este consegue exercer. O jovem precisa ver que seus atos têm conseqüências e que ele tem que responder por elas. Se o adolescente for sempre poupado ele vai perceber que seus pais são capazes de remediar os prejuízos de suas escolhas e agirá sempre de acordo com seus desejos imediatos. Para impor limites, os pais precisam lidar com a própria dificuldade em tolerar a frustração dos filhos. Muitas vezes os pais acreditam que se os filhos ficam frustrados é porque eles cometeram algum erro, mas na verdade o ato de se frustrar faz parte do desenvolvimento saudável do ser humano. O adolescente precisa ouvir o não e precisa saber que ele tem limites a respeitar. Os adultos quando dizem o não, mesmo que não consigam convencer o jovem, devem manter-se nesta posição, pois se os pais tentam impor limites e não tem firmeza para sustentá-los dificilmente conseguirão obter o respeito e serem levados a sério pelo adolescente. Para impor limites ao adolescente o melhor a ser feito é os pais ficarem por perto, se tornarem próximos do filho, procurando conhecer o mundo em que este adolescente está inserido. O castigo, muitas vezes aplicado, não deve ser visto como uma penitência ou uma vingança, mas como uma possibilidade de reparação e de consertar o erro cometido. Se por exemplo, o adolescente não vai bem na escola, não se deve punir ele o proibindo de assistir televisão, de usar o computador ou de sair. Os pais devem investigar o porquê da nota baixa, tendo um conversa franca com o adolescente e em conjunto acharem uma resolutiva para o problema.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Cinema: Uma motivação para os estudos
Para alcançar a tão sonhada aprovação em um concurso público, o candidato tem que ter muita disciplina para estudar e persistência, pois geralmente não é no primeiro concurso e nem no segundo que se passa. Muitas vezes dá aquela vontade de desistir. Nesse momento complicado, um bom filme pode ajudar a superar os obstáculos.
Foi pensando em unir a sétima arte com a motivação para estudar que especialistas e concursos elaboraram uma lista de filmes para inspirar os candidatos a se manter com foco nos estudos até conseguir a vaga.
Segundo a psicóloga Fernanda Callegari Beltrame, assistir a determinados filmes pode servir tanto como lazer quanto para motivação. “Às vezes o estudante está cansado e, ao ver o filme, ele se depara com histórias de quem batalhou muito por um sonho e conseguiu, ou de alguém que lutou e superou um obstáculo. Assim, o concurseiro acaba se identificando com a história e se motivando, pois, se o personagem conseguiu ter êxito, ele também pode fazê-lo, e isso deixa o desânimo de lado”, explica Fernanda.
Para chegar aos 14 títulos os especialistas analisaram vários aspectos, já que cada filme tem uma contribuição e diferentes mensagens como: histórias de fé, superação, planejamento, organização, disciplina, resistência, brigar pelos sonhos, entre outros.
Para Fernanda, um dos filmes que merecem destaque nesse sentido é o vencedor do Oscar em 2009 “Quem quer ser um milionário”, que passa ao concursando a mensagem de que apenas estudar não basta, tem que se ter o momento de lazer, o momento de descanso, o momento de dormir e estar antenado ao que acontece no mundo. “muitas vezes não se acerta uma questão porque se estudou a matéria certa, mas se acerta pela experiência de vida adquirida”, afirma.
A jornalista Rosana Oliveira já assistiu a maioria dos filmes que constam na lista. Para ela, “A procura da felicidade” é um exemplo de que somente com persistência se consegue o sucesso. O fato de ser baseado em fatos reais torna a história mais emocionante. “Isso deve ser a inspiração para todo mundo que tem um sonho, que quer algo de verdade. Não se pode ficar parado, tem que correr atrás dos objetivos” afirma Rosana, que recentemente passou em uma seleção para trabalhar em uma empresa de transportes aéreos.
A advogada e professora de um curso preparatório local, Taís Cristina Flores, conta que existem sessões estratégicas no curso onde leciona. “Algumas vezes assistimos o filme certo, no momento certo. A mensagem do filme parece ter sido feita especialmente para aquela situação que estamos vivendo. A idéia de superação, de persistência, acaba sendo aquele empurrãozinho de que a gente precisa, e o filme passa a complementar a preparação que é feita em sala de aula”, conta Taís.
A concurseira Sabrina Tessaro encara alguns filmes da lista como uma fonte de motivação para o candidato de concursos públicos, pois segundo ela, existe identificação dos estudantes com os personagens. “Identificamo-nos com determinadas situações vividas pelos personagens dos filmes e reportamos tais situações ficcionais para nossa própria experiência pessoal, extraindo as mesmas lições que auxiliam na organização e no planejamento das estratégias de estudo”, explica.
Sabrina, que é graduada em letras, professora de inglês e concurseira, também destaca a importância do cinema como forma de entretenimento. “Serve tanto para aliviar as tensões geradas pela cobrança de um resultado exitoso nos concursos, quanto para absorver as mensagens de estímulo e conseguirmos dar continuidade a nossa caminhada rumo à aprovação”.
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
Ser terapeuta...
“Ser terapeuta pode significar muitas coisas. Todas elas, de alguma forma, expressam a idéia de gerar alguma mudança, algum movimento, no sentido de melhorar pessoas em sofrimento. Muitas teorias buscam compreender a questão da mudança, o que é fundamental acontecer para que haja movimento, para que a terapia aconteça. O terapeuta tem de dizer ou fazer algo que contenha uma diferença. Trata-se de uma diferença sutil, de um toque criativo que acrescente esperança e conduza à mudança. Nisto se diferenciam os terapeutas, entre os verdadeiramente talentosos, que acrescentam algo realmente novo e os que repetem fórmulas, burocraticamente. Não importa tanto a teoria que utilizam como referência para suas intervenções. Cada vez mais, em nosso tempo, os terapeutas são informados por uma mescla de diversas teorias, variados enfoques, que cada qual organiza a seu modo, de acordo com sua personalidade, seu jeito de ser terapeuta. Em suma, a criatividade, a generosidade e o amor são inerentes à função do terapeuta.”
Frente a este trecho escrito por Luiz Carlos Prado, proponho uma reflexão, a nós psicólogos, acerca da nossa profissão. Ninguém procura um psicólogo para dizer que está muito bem, que está feliz. As pessoas nos procuram por necessidade, quando estão com algum problema, quando algo em suas vidas não anda bem, quando estão em sofrimento psíquico. Constantemente somos depositários de segredos, angústias, medos, sonhos, desejos... Então... Que tipo de terapeutas estamos sendo? Que diferença estamos fazendo na vida de nossos clientes? Com que grau de seriedade, ética e comprometimento estamos encarando nosso trabalho? Será que estamos preparados para atender determinado caso ou seria melhor encaminharmos a algum colega? Será que estamos cobrando um preço justo e não estamos prostituindo e denegrindo a imagem da nossa profissão? E nós, será que estamos cuidando da nossa saúde mental para que possamos cuidar da saúde mental do outro?
Que neste dia 27 de agosto possamos parar e refletir sobre o nosso “ser terapeuta”, independente da linha que escolhemos seguir, independente da nossa área de atuação, a fim de percebermos nossos erros e acertos. Que a mudança comece por nós.
Parabéns aos colegas que “vestem a camiseta” e encaram esta profissão com ética, respeito e comprometimento.
Fernanda Callegari Beltrame – Psicóloga - CRP 07/16661
sexta-feira, 24 de agosto de 2012
A importância de dizer “Não”
Pai, compra? Me leva, me dá? Mãe, deixa? As crianças pedem, exigem e batem o pé. Querem tudo e querem agora.Como estabelecer limites é o grande desafio dos pais de hoje. Na difícil tarefa de educar os filhos, a impressão que temos é de que os pais estão sempre numa corda bamba, caminhando de olhos vendados, divididos entre ceder ao sim e ser atormentado pelas preocupações ou escolher o não e se achar autoritário e carregar um sentimento de culpa.
É comum encontrarmos pais que, tendo na infância sofrido privações, acreditam que têm que dar tudo o que a criança pede, ou fazer tudo o que ela quer. O resultado é que a criança acaba confundindo o “não” com a falta de afeto e pode se tornar um adulto sem limite. Na cabeça da criança, se os pais não dão a ela o brinquedo que ela quer na hora que ela quer é porque eles não gostam dela. A tarefa dos adultos é justamente ensinar que as coisas não são bem assim.
Limites no pensamento de uma criança não são nada agradáveis, mas são imprescindíveis para a formação de indivíduos autônomos, responsáveis e maduros. Muitas crianças demonstram dificuldade em entender o que é certo e o que é errado, pois os próprios pais não delimitam claramente seus valores ou, pior; infringem as próprias regras. O dizer o não acaba por frustrar a criança, porém a frustração é um exercício de amadurecimento.
É claro que negar algo pode não ser suficiente para colocar fim a um pedido ou capricho. As crianças vão insistir muito, perguntar mil vezes “por quê?”, usar todo tipo de argumento e fazer de tudo para ultrapassar o limite imposto pelos pais. Nesse caso, é preciso firmeza. Os pais devem explicar de forma simples e sucinta o motivo de estarem dizendo “não” porém, não devem se prolongar demais. Há pais que dão tantas explicações para estabelecer limites que acabam cedendo ao jogo dos filhos. As crianças são espertas e muitas vezes dizem não compreender os limites para se livrar deles. Isso é natural, pois as crianças sempre tentam ir mais longe, medem forças, desafiam os pais, procurando aumentar sua liberdade e seu poder.
Uma vez dado o limite, é preciso que ele seja respeitado. A criança precisa enfrentar as conseqüências de suas ações. Se por exemplo, assistiu à televisão depois do horário estabelecido, deverá aceitar que no dia seguinte terá de abrir mão de seu programa favorito; se quebrou algo, terá de ficar sem esse objeto por um tempo; se rejeita a comida, mas não quer ficar sem a sobremesa, terá que entender que a escolha é entre a refeição principal mais a sobremesa ou nada. Isso se chama responsabilidade. Não se trata de castigar ou premiar, mas de fazer com que as crianças compreendam aos poucos que cada ação tem uma conseqüência, boa ou ruim.
E não se pode nunca esquecer que a educação pede equilíbrio e bom senso. Quando se exagera em proibições desnecessárias, o risco é o de formar uma pessoa cheia de medos, com pouca espontaneidade ou criatividade, ou, no extremo oposto, um rebelde com dificuldades de se inserir na sociedade. Por isso, a criança precisa aprender que embora haja um “não”, muitos “sins” podem ser dados. O segredo, portanto, reside em construir uma relação de confiança. Desse modo, mesmo que os filhos não entendam ou não aceitem plenamente o “não”, poderão reconhecer os limites com mais facilidade e se sentir protegidos pela certeza de que os pais se preocupam com seu bem-estar.
É comum encontrarmos pais que, tendo na infância sofrido privações, acreditam que têm que dar tudo o que a criança pede, ou fazer tudo o que ela quer. O resultado é que a criança acaba confundindo o “não” com a falta de afeto e pode se tornar um adulto sem limite. Na cabeça da criança, se os pais não dão a ela o brinquedo que ela quer na hora que ela quer é porque eles não gostam dela. A tarefa dos adultos é justamente ensinar que as coisas não são bem assim.
Limites no pensamento de uma criança não são nada agradáveis, mas são imprescindíveis para a formação de indivíduos autônomos, responsáveis e maduros. Muitas crianças demonstram dificuldade em entender o que é certo e o que é errado, pois os próprios pais não delimitam claramente seus valores ou, pior; infringem as próprias regras. O dizer o não acaba por frustrar a criança, porém a frustração é um exercício de amadurecimento.
É claro que negar algo pode não ser suficiente para colocar fim a um pedido ou capricho. As crianças vão insistir muito, perguntar mil vezes “por quê?”, usar todo tipo de argumento e fazer de tudo para ultrapassar o limite imposto pelos pais. Nesse caso, é preciso firmeza. Os pais devem explicar de forma simples e sucinta o motivo de estarem dizendo “não” porém, não devem se prolongar demais. Há pais que dão tantas explicações para estabelecer limites que acabam cedendo ao jogo dos filhos. As crianças são espertas e muitas vezes dizem não compreender os limites para se livrar deles. Isso é natural, pois as crianças sempre tentam ir mais longe, medem forças, desafiam os pais, procurando aumentar sua liberdade e seu poder.
Uma vez dado o limite, é preciso que ele seja respeitado. A criança precisa enfrentar as conseqüências de suas ações. Se por exemplo, assistiu à televisão depois do horário estabelecido, deverá aceitar que no dia seguinte terá de abrir mão de seu programa favorito; se quebrou algo, terá de ficar sem esse objeto por um tempo; se rejeita a comida, mas não quer ficar sem a sobremesa, terá que entender que a escolha é entre a refeição principal mais a sobremesa ou nada. Isso se chama responsabilidade. Não se trata de castigar ou premiar, mas de fazer com que as crianças compreendam aos poucos que cada ação tem uma conseqüência, boa ou ruim.
E não se pode nunca esquecer que a educação pede equilíbrio e bom senso. Quando se exagera em proibições desnecessárias, o risco é o de formar uma pessoa cheia de medos, com pouca espontaneidade ou criatividade, ou, no extremo oposto, um rebelde com dificuldades de se inserir na sociedade. Por isso, a criança precisa aprender que embora haja um “não”, muitos “sins” podem ser dados. O segredo, portanto, reside em construir uma relação de confiança. Desse modo, mesmo que os filhos não entendam ou não aceitem plenamente o “não”, poderão reconhecer os limites com mais facilidade e se sentir protegidos pela certeza de que os pais se preocupam com seu bem-estar.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Síndrome da Alienação Parental
Atualmente bastante comentada, a Síndrome da Alienação Parental é um processo que consiste em “programar” uma criança para que ela odeie um de seus genitores sem justificativa alguma e, geralmente é praticada por quem possui a guarda do filho. Para isto, a pessoa lança mão de artifícios tais como dificultar o contato da criança com o (a) ex-parceiro (a), falar mal deste (a) e fazer uso de mentiras. Crianças de até seis anos, em função do seu desenvolvimento, estão mais suscetíveis a uma modalidade de alienação, a qual chamamos de implantação de falsas memórias. É quando o pai ou a mãe a manipula a ponto de ela acreditar que vivenciou algo que nunca ocorreu de fato. A criança sabe que o outro genitor gosta dela, porém o possuidor da guarda altera esta percepção. Muitas vezes este (a) não passa a ligação telefônica para a criança; a ameaça de punição se ela telefonar, escrever ou se comunicar com o outro genitor; organiza várias atividades com a criança durante o período de visitas do ex-cônjuge, entre outros. A criança, por sua vez pode mostrar uma reação de medo em desagradar o genitor alienador. Se ela desobedece a esta “imposição”, especialmente expressando aprovação pelo genitor ausente, o genitor alienador logo a ameaça dizendo que vai abandoná-la ou vai mandá-la viver com o outro genitor. A criança se coloca numa situação de dependência e fica submetida a agradar sempre o detentor da guarda. As conseqüências sofridas pelas crianças vítimas da Síndrome de Alienação Parental podem variar desde uma depressão crônica, incapacidade de adaptação no ambiente psicossocial, transtornos de identidade e de imagem, sentimentos de isolamento, comportamento hostil, falta de organização, até o suicídio. Além disso, a criança cresce em uma bolha de mentiras, o que pode provocar desvios de caráter e conduta.
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